Fátima Bezerra: “As forças reacionárias do RN queriam nos isolar; a vinda de Carlos Eduardo evitou isso”
Natal, RN 25 de abr 2024

Fátima Bezerra: "As forças reacionárias do RN queriam nos isolar; a vinda de Carlos Eduardo evitou isso"

30 de maio de 2022
4min
Fátima Bezerra:

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O Encontro de Estratégia Eleitoral 2022 realizado pelo PT/RN neste domingo, 29, em Natal, foi marcado por debates sobre táticas a serem usadas pelo partido na campanha e também pela confirmação da aliança da sigla com o MDB e o PDT. Mas serviu ainda para a governadora Fátima Bezerra falar diretamente com correligionários e militantes sobre temas político-eleitorais delicados que envolvem o PT. Na fala da governadora, Lula, projetos, vontades, presença de Carlos Eduardo e Walter Alves na chapa e explicações.

Fátima começou sua fala contextualizando a situação nacional e os desafios do presente:

"Estamos em um dos momentos mais difíceis da história do país. Dispensa comentários e análises a situação que temos no governo federal. Não é preciso mencionar também as consequências duras que o povo brasileiro tem vivido, em razão desse governo desastroso. Não estamos vivendo um período qualquer. As eleições de 2022 são decisivas para a democracia. Não seria um recurso discursivo dizer que essa é a eleição mais importante do período democrático brasileiro e que, a depender de seu resultado, pode ser a última. Por isso, estou convencida de que a movimentação do presidente Lula, ao trazer Alckmin para chapa como seu vice, foi a mais acertada. Nós precisamos voltar a governar este país. Precisamos resgatar o Brasil das mãos do fascismo e do autoritarismo".

Falando para uma plateia com militantes críticos ao acordo com MDB e PDT, Fátima foi objetiva:

"Sabemos que a aliança entre democratas de diferentes matizes e trajetórias políticas gera conflitos. Mas estamos dispostos a lutar e a defender os interesses do povo e a soberania do nosso país no terreno da democracia. Nela, a pressão social é possível e a disputa é legítima. Não é pouco o que teremos de reconstruir em nosso país e é muito difícil imaginar conseguir isso sem fazer composições. No RN, fomos chamados a seguir essa aliança. Confesso a vocês que cheguei a ter muitas dúvidas, mas fui convencida de que esse não é um momento para correr riscos. Não poderia me furtar a dar a nossa contribuição para que o presidente Lula possa sair vitorioso já no 1º turno. Sem falsa modéstia, nunca me esquivei de minhas responsabilidades, e por isso tomamos decisões guiados principalmente pelo projeto nacional", explicou.

Tática e não isolamento 

Para justificar o convite para que Carlos Eduardo reforçasse a chapa como o pré-candidato ao Senado, a governadora do Rio Grande do Norte lembrou que a estratégia da oposição era enfraquecer e isolar o Governo. Porém, o reforço do grupo com o PDT aumentou as chances de vitória:

"Claro que não acho que aqui teremos eleições fáceis. Todos os dias somos alvos de uma campanha de mentiras e desinformação por setores da mídia empresarial. Hora, meus amigos, se o presidente Lula, que está como está nas pesquisas, fez esse movimento, o que nós devíamos fazer aqui? Ele e a presidenta Gleisi Hoffman demonstraram muita preocupação com o RN, único estado onde o PT vai à reeleição. As forças reacionárias do nosso Estado queriam nos isolar. A vinda de Carlos Eduardo nos tirou desse isolamento. Respeitando as divergências que possam existir, a tática de trazer o PDT para o senado foi decisiva pra que possamos ter uma maior expectativa de êxito nessas eleições. Temos pesquisas e sabemos exatamente quais eram os adversários mais competitivos que tínhamos no Rio Grande do Norte",.

Fátima não esqueceu do senador Jean Paul Prates, preferido pelo partido em nome da aproximação com Carlos Eduardo, e do vice-governador Antenor Roberto, que será substituído na chapa por Walter Alves.

"Fosse apenas pela nossa vontade, é claro que manteríamos o PT na vaga para o senado e o PCdoB como vice para o governo, mas a conjuntura de hoje é totalmente diferente da de 2018. O povo não quer saber se pegamos o Estado quebrado, se enfrentamos Bolsonaro e a pandemia; o povo quer respostas aos seus problemas. E agora somos nós quem seremos avaliados naquilo que tivemos êxito e nos pontos que tivemos maior dificuldade", explicou.

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