Freitas Júnior defende pré-candidatura ao senado pelo PSOL e alfineta Rafael Motta: “Não apoiei o golpe de 2016"
Nesta segunda-feira, 23, o pré-candidato ao Senado pelo PSOL Freitas Júnior foi entrevistado no programa Balbúrdia, da Agência Saiba Mais. Servidor público do IF que foi candidato a prefeito de Natal e a governador quando ainda era filiado à Rede Sustentabilidade, Freitas falou sobre militância, expectativas e bandeiras de campanha.
"Preciso dizer que não tento me tornar de esquerda, como algumas pessoas pensam, eu tenho uma militância histórica, construí uma militância no movimento estudantil e socioambientalista. Inclusive ajudei o PSOL no processo de fundação do partido na coleta de assinaturas e depois ajudei também a fundar a construção da Rede. Mas uma avaliação da conjuntura do segundo turno da eleição de 2018 levou à minha decisão de me desfiliar da Rede, até que em 2021 oficializei a ruptura. Cheguei no PSOL como militante político de esquerda que sempre fui, não para disputar cargo necessariamente, mas sim para participar do debate político, colar cartaz em poste, segurar bandeira em semáforo", assinala.
Indagado sobre a escolha de seu nome em conferência para ser o pré-candidato da sigla ao Senado mesmo com poucos meses de filiação, Freitas registrou que "o PSOL é um partido democrático, a militância e os dirigentes discutem os processos de campanha e escolhas de maneira aberta e nesta discussão decidiram que nosso nome representava o projeto do PSOL ambiental neste momento. Conversei com companheiros que também pleiteavam a vaga e vou conversar pessoalmente com Robério Paulino", disse, se referindo ao vereador em Natal pelo partido que disputava a indicação, inclusive em pré-campanha e com pontuação razoável nas pesquisas, e que acabou retirando seu nome na véspera da conferência.
Sobre a campanha, Freitas aponta que "o papel de uma campanha neste momento é dialogar para além das correntes do partido, com o eleitor progressista. Umacandidatura do PSOL tem potencial para atrair eleitores insatisfeitos com Carlos Eduardo, que não é de esquerda, ele representa uma oligarquia, em 2018 ele defendeu Bolsonaro, nos dois anos seguintes correu o Estado como candidato bolsonarista defendendo as reformas e agora por mera conveniência quer ser o candidato progressista? Qual a segurança que Carlos não vai apoiar um golpe? Ou que não vai ser a favor das reformas contra o trabalhador?", questiona.
O pré-candidato soltou ironias ainda contra o deputado federal Rafael Motta (PSB) que também quer ser candidato ao senado. "Sobre isso, o que posso dizer de mim é que eu não tinha mandato e nem apoiei o golpe contra Dilma Rousseff em 2016, o que é um grande diferencial". Em relação ao PT, Freitas afirmou: "respeitamos a governadora Fátima Bezerra, sabemos as condições caóticas que ela recebeu o estado, mas discordamos da política de alianças e previdenciária e estamos com uma proposta alternativa. Não acredito que quem está insatisfeito com Fátima vá votar no vice de Robinson Faria", disse, se referindo ao pré-candidato ao Governo Fábio Dantas (Solidariedade)
Assista à entrevista no canal do You Tube da Agência Saiba Mais, aqui: