O Rio Grande do Norte estará representado na Conferência Popular pelo Direito à Cidade que ocorre em São Paulo nos dias 3, 4 e 5 de junho. Representantes do Salve Natal, Fórum Direito à Cidade, Motyrum Urbano e de movimentos sociais de Natal (Centro Sociopastoral Nossa Senhora da Conceição – Mãe Luíza, Comunitários contra COVID, Marcha Mundial das Mulheres, Enegrecer, Movimento Nacional da População em Situação de Rua – RN, entre outros) irão compor a comitiva.
A Conferência elaborou um cronograma de eventos preparatórios virtuais e presenciais nos últimos meses para destacar as prioridades no debate nacional. Os três principais objetivos tirados dos encontros são:
– Construir, democraticamente, uma plataforma de lutas urbanas voltada para o combate à desigualdade social e à predação ambiental.
– Participar da redemocratização do país por meio de uma articulação nacional de agentes, atores e entidades vinculados à vida urbana e produção das cidades
– Inserir o tema das cidades no projeto nacional a ser definido socialmente por ocasião das eleições de 2022.
Para conseguir recursos e custear as despesas com a viagem e alimentação, os representantes do Rio Grande do Norte estão fazendo uma campanha nas redes sociais. que quiser contribuir com os representantes do Salve Natal, podem fazer um pix, de qualquer valor, para: 84998104633.
“Queremos participar ativamente da Conferência Popular pelo Direito à cidade e retornar com a mala cheia de experiências, ideias e planos de enfrentamento e luta por efetividade da política urbana, políticas públicas que reduzam as desigualdades socioespaciais e garantam o direito à cidade para sua população, a partir de alternativas à crise urbana provocada pelo neoliberalismo, o capital financeiro e as classes dominantes”, diz a nota do grupo publicado em redes sociais.
Conferência vai reunir mais de 300 organizações
Mais de 300 organizações assinaram o manifesto de convocação da Conferência Popular pelo Direito à Cidade. A Conferência é uma oportunidade ímpar de se reafirmar a cidade como construção social, superando a visão da cidade como mercadoria, debatendo e apontando propostas e experiências de democratização dos espaços urbanos, nas áreas da regularização fundiária, moradia, saneamento e mobilidade urbana, mas também no sentido de transformar as cidades em espaços mais democráticos e acolhedores para todos, em especial para as mulheres, povo preto e população LGBTQIA+.
A agenda prevê a abertura do evento com ampla marcha pelo direito à cidade, na tarde de sexta-feira, dia 3 de junho. A abertura acontecerá na noite deste mesmo dia na Faculdade de Direito da USP. A agenda segue no sábado com diversas oficinas temáticas e no domingo será o encerramento da Conferência com aprovação dos documentos e encaminhamentos.
Os encaminhamentos devem apontar propostas e a agenda urbana para o processo eleitoral de 2022, mas também já mostram a necessidade de fortalecimento de uma agenda urbana que se mantenha forte e articulada independente dos processos eleitorais, reafirmando e apontando políticas de Estado e não somente políticas de Governo. Entre as entidades organizadoras se encontram redes como Fórum Nacional da Reforma Urbana, BR Cidades, Movimentos Populares ligados a pauta urbana como CONAM, MTST e CMP.