Com problemas de abastecimento, Huol suspende cirurgias eletivas por 15 dias

O Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), localizado em Natal (RN), suspendeu nesta segunda (13) a realização de algumas cirurgias eletivas de menor complexidade pelo período de 15 dias. Apesar do recente bloqueio no orçamento da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), proprietária do hospital, a paralisação temporária dos procedimentos tem relação com problemas de abastecimento com um dos fornecedores.

Segundo a direção da unidade de saúde, o ritmo foi reduzido para racionalizar o material em estoque, como vestimentas hospitalares, e evitar o risco de impacto sobre as cirurgias de urgência e de alta complexidade, que continuam acontecendo normalmente. O atendimento dos pacientes já internados também está mantido.

Ainda de acordo com a direção do Huol, o problema é resultado do atraso de um fornecedor combinado com o resultado de uma licitação fracassada, questão que dever ser resolvida a partir do dia 22 de junho. As cirurgias suspensas nesse período serão reagendas.

No dia 27 de maio, tanto a UFRN quanto a Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) e o Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), sofreram bloqueio em seus orçamentos anunciado pelo Ministério da Educação e Cultura (Mec),

No caso da UFRN, o bloqueio foi de quase 24 milhões de reais (R$ 23.972.313,00), sendo que o orçamento da universidade já havia sofrido uma redução anterior de mais de R$ 11 milhões em 2022.

O bloqueio mais recente terá impacto na manutenção de serviços como limpeza, segurança, energia e fornecimento de água. Para atender à demanda, o Huol também vai passar por readequações para reduzir suas despesas com o pagamento dessas contas. A direção do hospital emitiu uma nora para explicar a situação, confira:

"O Huol suspendeu algumas cirurgias eletivas, para racionalizar material médico hospitalar, em razão de atraso no abastecimento comunicado por fornecedor, o que demanda redução no ritmo atual de procedimentos, pois alguns itens inseridos na dificuldade de abastecimento, como vestimentas hospitalares, são essenciais. A medida visa prevenir risco de impacto nas cirurgias de urgência e de alta complexidade.

O atraso de um fornecedor e o fracasso de uma licitação são as razões de impacto no serviço, que tem previsão de mitigação a partir do dia 22 de junho.

Reiteramos que a medida atinge cirurgias ambulatoriais, de menor complexidade, com reprogramação planejada das agendas e realização normal dos procedimentos de urgência e alta complexidade.

A governança do Huol, como é habitual, monitora e reavalia continuamente a situação".