Vereador de Natal propõe que Prefeitura institucionalize propaganda antiaborto
Natal, RN 18 de abr 2024

Vereador de Natal propõe que Prefeitura institucionalize propaganda antiaborto

11 de junho de 2022
Vereador de Natal propõe que Prefeitura institucionalize propaganda antiaborto

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O vereador de Natal Hermes Câmara (PTB) protocolou na quarta-feira (8) um projeto lei que prevê a publicidade contra o aborto em postos de saúde e escolas. A intenção é criar a “Política Pública Municipal da Conscientização Sobre os Riscos do Aborto” para informar sobre “ilegalidade e riscos” que o ato envolve.

De acordo com a proposta, o Município fará isso com a distribuição de material impresso nas unidades de saúde e em escolas públicas e particulares, além da exibição de vídeos em atividades extracurriculares nas instituições de ensino. Essas atividades poderão ser desenvolvidas em quaisquer ambientes com a presença de adolescentes e adultos, a critério do poder público.

O texto do PL ressalta que aborto se refere à interrupção gestacional provocada que não esteja dentro das possibilidades legais da interrupção gestacional médica. Na justificativa, o vereador diz que “existe um movimento mundial perverso que pretende confundir as pessoas” ao confundir esses dois termos.

Para Hermes, “o aborto é um ato desprezível próximo do infanticídio” e a isso ele soma “o grande desprezo da sociedade aos que apoiam e incentivam essa prática vil” como justificativa para continuar defendendo a criminalização das mulheres que não querem seguir com uma gestação.

Pela atual legislação do Brasil, o aborto é legal quando a gravidez é resultado de estupro e para salvar a vida da gestante. Acontece que na clandestinidade, o aborto se consolida como uma das principais causas de mortalidade materna.

De acordo com o Ministério da Saúde, o perfil das mulheres que abortam tem predominância de jovens entre 20 e 29 anos que já são mães, utilizam métodos contraceptivos, principalmente a pílula, estão em união estável, têm até oito anos de estudo, são trabalhadoras e católicas, como o vereador.

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