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Vítimas da ditatura em Mossoró e região são homenageadas com placas de rua
4 de junho de 2022
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“A história que a história (oficial) não conta”. O verso do samba campeão da Estação Primeira de Mangueira em 2019 é uma das inspirações para a intervenção urbana que o setorial de Direitos Humanos do PT no Rio Grande do Norte vem realizando pelo Estado. Nesta sexta-feira (3), um grupo de ativistas liderado pela advogada Rayane Andrade homenageou 13 presos, mortos e desaparecidos políticos de Mossoró e região que lutaram na defesa da classe trabalhadora. Ação é uma parceria com a Pós-TV DHNet, que completa 1 ano de ativismo neste sábado (4).
O projeto foi batizado de “Placas para contar histórias” e começou em abril, em Natal, quando outros 13 homens e mulheres foram lembrados pelos atos de bravura em defesa da democracia e do país, entre eles os comunistas Emanoel Bezerra, Luíz Ignácio Maranhão Filho e Glênio Sá, único potiguar a lutar na mítica Guerrilha do Araguaia, principal ação de luta armada no campo contra a ditadura.
As placas vermelhas com o nome e um curto perfil do homenageado foram espalhados por espaços de resistência em Mossoró.
Ativistas espalharam placas em pontos estratégicos e de resistência em Mossoró (RN) / foto: cedida[/caption]
Durante a manifestação, os ativistas visitaram a biblioteca do Sindicato dos Servidores Públicos de Mossoró, espaço onde funcionou a antiga Liga Operária. - Tivemos a enorme satisfação de encontrar o companheiro Gilberto Diógenes que abriu a biblioteca do Sindiserpum, que se localiza no mesmo prédio que funcionou a Liga operária, pra contar um pouco da história desses homens e mulheres que tanto nos inspiram”, destacou Rayane. [caption id="attachment_62190" align="alignnone" width="1200"]- Os nomes que relembramos nas plaquinhas vermelhas são uma demarcação contra a política de esquecimento que as classes dominantes nos impõe. É necessário questionar por que monumentos e avenidas importantes são nomeadas por pessoas que contribuíram para a barbárie que vivemos hoje. A luta pela memória e verdade envolve destacar a vida dessas personagens. É uma luta contra a invisibilidade da classe trabalhadora e de sua resistência”.
Rayane Andrade, pré-candidata a deputada estadual pelo PT
