A bosta abunda…
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A bosta abunda...

15 de julho de 2022
3min
A bosta abunda...

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A campanha eleitoral desse ano promete muito mais do que discursos, movimentações de rua, motociatas, comícios e tantas outras ações de marketing muito comuns no período. A guerra fraticida que se estabeleceu no país com torcidas de lado a lado, deixou de ser a luta do bom combate das ideias e propostas para cair na vala comum da violência pela violência, e no descrédito cada vez maior das reais intenções dos que tentam alcançar o olimpo da representatividade popular.

Lamentável que nós, cidadãos de bem, pagadores de impostos e que desejamos um Brasil mais justo e equilibrado socialmente, com criação de oportunidades para todos, indiscriminadamente, sejamos obrigados a assistir diariamente um festival de nulidades, ações típicas de políticos em desespero, jogando bosta na cara da gente como se fossemos meras latrinas.

Lamentável ainda que, em plena segunda década do século vinte e um, sejamos obrigados a assistir a um retrocesso institucional onde a democracia por quem tanto lutamos, esteja o tempo inteiro na berlinda, provocada por uma ação estrategicamente montada para criar o sentimento de fragilidade e impor o medo como arma eleitoral.

Recheada de discursos vazios, estímulo ao ódio e provocação de rupturas, a pré-campanha de 2022 até aqui, em nada tem contribuído para a formação mais segura de uma opinião sobre o Brasil que queremos e o que os políticos que estão na disputa desejam nos apresentar como caminhos para um país melhor; m todos os aspectos da vida nacional.

A polarização não é novidade na nossa política. O que é novidade, é a incitação a uma guerra declarada entre o bem e o mal. O estímulo a uma divisão entre as pessoas, onde quem está de um lado, necessariamente é inimigo de quem está do outro. E tudo minimamente construído para levar à sociedade um estado de beligerância, afastando por completo a busca por ações que possam transpor aos universo de eleitores, as perspectivas e os caminhos que apontem para sabermos como serão resolvidos os graves problemas que só nos colocam nos trilhos do atraso.

A luta do bem contra o mal até o momento não apontou novas oportunidades para que a população tenha chances de escolha de um novo modelo de gestão para os destinos do país. É preciso lutar pelo Brasil que precisamos, não por um país que eles desejam e querem moldar a sua imagem e semelhança.

A eleição de 2018 nos trouxe essa dura e triste realidade. Assistimos um tanto quanto inertes, ao desmonte das nossas bases, ao retrocesso na saúde e educação, por exemplo, enquanto na esfera dos poderes o que existe mesmo é uma guerra de versões e narrativas ampliada pela mídia, enquanto a fome alcança mais e mais brasileiros, o desemprego reina, e militantes transloucados passam a agredir políticos adversários e seus simpatizantes jogando bosta, literalmente na cabeça de quem deseja mudar o que está posto. E o mais grave, descambando para o assassinato de adversários simplesmente pelo fato de ter opção partidária e ideológica diferente. É a triste realidade que somos obrigados a assistir. É urgente. O Brasil precisa de paz.

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