Caern realiza limpeza da Rota do Sol nesta quarta-feira

A Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) iniciou na tarde desta quarta-feira (6) a limpeza da Rota do Sol. A via que que liga Natal a Parnamirim ficou alagada e intransitável após fortes chuvas e transbordamento de material da Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) Rota do Sol, no último final de semana.

O trecho ainda apresenta alagamento, mas a estimativa da Caern é que durante a noite esteja completamente seco, caso não chova. Só aí poderá ser feita a liberação do trânsito no local.

MINISTÉRIO PÚBLICO

Em relação ao pedido de informações do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte (MPRN), a Caern esclareceu que os dados iniciais foram enviados ainda na terça-feira (5). No mesmo documento, a Companhia solicitou um prazo de dez dias para envio de um relatório completo, tempo necessário para que as equipes técnicas possam apurar todos os dados.

A Companhia reafirma que o extravasamento ocorrido no domingo (3) foi decorrente de danos na lagoa de infiltração da Estação de Tratamento de Esgotos da Rota do Sol. Trata-se da última etapa, onde o escoamento é armazenado temporariamente antes de se infiltrar gradualmente no solo envolvente. Por isso, o conteúdo dessa lagoa é de efluente tratado.

O Ministério Público divulgou que, no ano de 2021, foi constatado que a ETE Ponta Negra/Rota do Sol estava realizando o tratamento do esgoto de forma adequada, contudo foi levantada a preocupação com a área de infiltração dos esgotos tratados, que fica no entorno da estação. No mesmo ano chegou a ocorrer um transbordamento.

Para acompanhar a situação da possível saturação do solo, o MPRN instaurou um inquérito civil e foi juntado aos autos um estudo denominado “Análise do Fluxo Subterrâneo do Aquífero Barreiras na Região da Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) do Bairro Ponta Negra, em Natal”, revelando que área de lançamento dos esgotos tratados estava próxima da saturação e a conclusão da ETE do Guarapes ainda não estava finalizada.

O MPRN cobrou uma solução da Caern para evitar transbordamento e a empresa comunicou que havia encontrado uma nova área para o lançamento do excedente. Contudo, como a área pertence à União, a companhia informou que estava encontrando dificuldade em realizar o acordo necessário para sua utilização.