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Entenda por que é preciso se vacinar contra febre amarela no Rio Grande do Norte
8 de agosto de 2022
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Um surto de febre amarela no Brasil entre os anos de 2017 e 2019, com grande incidência em regiões que não eram consideradas de risco, alteraram a estratégia de vacinação – principal ferramenta de prevenção e controle dessa doença. Se antes, a imunização era feita apenas em alguns estados, em 2022 ela se estendeu a todo o país, por recomendação do Ministério da Saúde, inclusive para o Rio Grande do Norte, que não possui nenhum caso confirmado.
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), há apenas registros de casos suspeitos. Em 2016 foram 33; em 2017, 7; no ano de 2018, 8 casos foram investigados; em 2019, apenas um; em 2020, zero; em 2021, dois casos suspeitos, sendo um descartado e um inconclusivo.
“Antes a vacina era recomendada para a região endêmica, porém a gente teve um surto em São Paulo e Rio de Janeiro e viu-se a necessidade de que os demais estados também tivessem a vacina da febre amarela no seu calendário”, ressalta a coordenadora do programa de imunização da Sesap, Laiane Graziela, ao lembrar que a orientação federal foi dada em 2019, mas devido à pandemia só foi implantada em março deste ano.
Segundo Laiane, essa vacinação se torna ainda mais relevante diante do aumento de casos das arboviroses dengue, zika e chikungunya, já que o vetor do vírus nas cidades também é o Aedes aegypti, enquanto em áreas de mata, os principais transmissores são os mosquitos Haemagogus e Sabethes. Apesar dos diferentes vetores, tanto a febre amarela silvestre quanto a urbana são a mesma doença e possuem as mesmas manifestações clínicas.
“A gente viu a necessidade de intensificar essa vacinação pra que não tenhamos a ocorrência de outras doenças transmitidas pelo mesmo mosquito. A gente tem uma vacina disponível, porém muitas pessoas não tinham ou não têm conhecimento que a vacina da febre amarela está dentro do calendário de rotina de todos os brasileiros de nove meses a 59 anos de idade”, detalhou a coordenadora.