TRE aguarda avaliação do TSE para decidir sobre solicitação de Forças Armadas para o RN nas eleições
Natal, RN 28 de mar 2024

TRE aguarda avaliação do TSE para decidir sobre solicitação de Forças Armadas para o RN nas eleições

30 de agosto de 2022
6min
TRE aguarda avaliação do TSE para decidir sobre solicitação de Forças Armadas para o RN nas eleições

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O Rio Grande do Norte está entre os estados que não solicitaram reforço das Forças Armadas para a segurança durante as eleições deste ano. O Tribunal Regional Eleitoral do RN (TRE/ RN) ainda aguarda uma resposta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para decidir se o pedido será ou não necessário. Mas, de acordo com a assessoria de imprensa do TRE, não há indicativo de que a solicitação de tropas federais seja necessária.

Edvaldo Júnior vai ser mesário pela segunda vez em 2022 e, apesar das ameaças antidemocráticas registradas pelo país nos últimos tempos, ele conta que o clima entre quem vai trabalhar nas eleições é de tranquilidade.

Depois de experiência em 2020, Júnior vai trabalhar novamente como mesário em 2022 I Foto: cedida
Depois de experiência em 2020, Júnior vai trabalhar novamente como mesário em 2022 I Foto: cedida

Acho que pra nós, que ficamos na Mesa, não vai dar nenhum problema. A segurança foi bem bacana da última vez. Se tiver algum tipo de confusão, acredito que seja na rua, entre os eleitores”, avalia Edvaldo da Silva Alves Jr, que é educador físico.

Este ano, Edvaldo volta como mesário na mesma zona eleitoral na qual atuou em 2020, numa escola localizada no bairro de Nova Natal.

Gostei demais da experiência. Como é perto de casa, você vê muita gente conhecida e pessoas que não via há anos, além de conhecer gente nova do bairro. Retomei amizades com pessoas de quem não tinha notícias há muito tempo e continuamos em contato até hoje. Esse trabalho permite que a gente crie esse vínculo”, revela.

Até o momento, dez das 27 unidades federativas solicitaram a presença das Forças Armadas nas eleições para garantir a segurança durante o processo de votação e apuração. O procedimento é padrão e tem se repetido a cada pleito.

O Maranhão aparece com o maior número de pedidos, com solicitação de Forças Armadas para 97 cidades, segundo levantamento do jornal O Globo. Em seguida, vem o Rio de Janeiro (92), Piauí (85), Pará (78), Mato Grosso (29), Acre (22), Mato Grosso do Sul (11), Amazonas (10), Ceará (10) e Tocantins (5).

De acordo com o TRE/ RN, os responsáveis pelas zonas eleitorais acreditam que o estado terá uma eleição tranquila e, por enquanto, não há nenhum esquema de segurança especial que difira do que foi realizado em pleitos anteriores.

Eleições passadas

Em 2018, quando houve eleição para os mesmos cargos que estão em disputada em 2022, ou seja, presidência da República, senado e assembleias legislativas dos estados; mais de 3.200 militares do Exército, da Marinha e da Força Aérea Brasileira atuaram em 97 municípios do Rio Grande do Norte, durante o primeiro turno. Além disso, outros 4 mil homens e mulheres da PM também foram mobilizados para reforçar a segurança durante o pleito nos 167 municípios potiguares. Já no segundo turno, foram mobilizados cerca de 2.500 policiais militares que atuaram em 73 municípios do Estado.

Em 2020, quando foram disputadas as vagas nas prefeituras e câmaras municipais, o Rio Grande do Norte foi o estado que mais recebeu tropas federais para reforço da segurança durante o primeiro turno. Ao todo, 120 dos 167 municípios do RN receberam o reforço: Baía Formosa, Canguaretama, Montanhas, Nova Cruz, Passa e Fica, Passagem, Santo Antônio, Serrinha, Várzea, Touros, Lagoa D’Anta, Monte das Gamaleiras, José de Campestre, Serra de São Bento, Japi, Santa Cruz, São Bento do Trairi, Caiçara do Rio do Vento, Pedra Preta, Pedro Avelino, Afonso Bezerra, Angicos, Santana do Matos, Barcelona, Lagoa de Velhos, Ruy Barbosa, São Tomé, Bodó, Cerro Corá, currais Novos, Lagoa Nova, Florânia, Tenente Laurentino Cruz, Jardim do Seridó, Ouro Branco, São Fernando, Timbaúba dos Batistas, Caicó, Ipueira, Jardim de Piranhas, São João do Sabugi, Serra Negra do Norte, Jucurutu, São Rafael, Guamaré, Macau, Campo Grande, Janduís, Triunfo Potiguar, Areia Branca, Grossos, Porto do Mangue, Macaíba, Mossoró, Apodi, Caraúbas, Almino Afonso, Lucrécia, Olho D’água do Borges, Umarizal, Francisco Dantas, Pau dos Ferros, São Francisco do Oeste, Alexandria, João Dias, José da Penha, Luís Gomes, Paraná, São Miguel, Venha Ver, Brejinho, Lagoa de Pedras, Lagoa Salgada, Monte Alegre, Felipe Guerra, Itaú, Rodolfo Fernandes, Severino Melo, Alto do Rodrigues, Carnaubais, Pendências, Governador Dix-Sept Rosado, Tibau, Upanema, Caiçara do Norte, Galinhos, Parazinho, São Bento do Norte, São José de Mipibu, São Pedro, Boa Saúde, Serra Caiada, Sítio Novo, Tangará, Ipanguaçu, Baraúna, Serra do Mel, Bom Jesus, Senador Elói de Souza, Portalegre, Riacho da Cruz, Taboleiro Grande, Água Nova, Encanto, Marcelino Vieira, Arês, Nísia Floresta, Senador Georgino Avelino, Campo redondo, Coronel Ezequiel, Jaçanã, Lajes Pintadas, Espírito Santo, Goianinha, Jundiá, Vera Cruz, Pedro Velho e Tibau do Sul.

Em 2018, mais de 28 mil militares atuaram durante as eleições em todo  o país. Em 2016, eram 25 mil e 30 mil em 2014.

Celular com mesário

Para garantir o sigilo do voto, os eleitores deverão deixar o aparelho celular, junto com o documento de identificação, com o mesário, antes de entrar na cabine de votação. A decisão do TSE, que foi votada no final deste mês de agosto, também é para evitar coações contra os próprios eleitores.

Essa mesma regra também vale para outros equipamentos que possam registrar o voto, como máquinas fotográficas. A medida complementa a Lei 9.504/1997, que já proibia que eleitores entrassem na cabine de votação com celular ou aparelho equivalente para registro do voto.

Em caso de descumprimento, os mesários poderão acionar o juiz responsável pela zona eleitoral e a polícia militar poderá ser solicitada para solucionar eventuais questionamentos.

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