DEMOCRACIA

Divisão do campo progressista ajudou a eleger Rogério Marinho, avalia Fátima

Para a governadora Fátima Bezerra (PT), a vitória do ex-ministro Rogério Marinho (PL) para o Senado foi beneficiada com a divisão do campo progressista, nas figuras de Carlos Eduardo (PDT) e Rafael Motta (PSB). A declaração foi dada em entrevista ao programa Balbúrdia. Ela aproveitou para elogiar o companheiro de coligação Carlos Eduardo, afirmando que ele “deu uma contribuição importante”.

“Infelizmente, nós podíamos estar comemorando o resultado para o Senado, mas não estamos comemorando dada a divisão que houve no campo progressista. Quando você soma a votação de Carlos Eduardo com a votação do candidato do PSB [Rafael Motta], ela é infinitamente maior do que a do candidato que saiu vitorioso nas urnas, o ex-ministro Rogério Marinho”, discorreu a governadora. 

“Ou seja, a votação para o Senado é legítima, mas a maioria do povo do Rio Grande do Norte desejava outra opção”, apontou.

Rogério Marinho venceu a disputa para senador com 41,85% dos votos. Atrás dele, ficou Carlos Eduardo com 33,40%. Já o deputado federal Rafael Motta terminou na terceira colocação, com 22,76%. Ao longo da campanha, Motta e Eduardo disputaram diretamente o eleitor de Lula no Rio Grande do Norte. Mesmo em outra chapa, Rafael frequentou eventos do PT e colheu insatisfações do ex-prefeito de Natal. Somados, os candidatos tiveram 56,16% dos votos, quase 15 pontos percentuais a mais que Marinho.

Mesmo com a derrota do pedetista, ela elogiou o companheiro de chapa e comentou sobre o plano de aliança no Rio Grande do Norte. A coligação de Fátima contou com os dois partidos federados com o PT (PCdoB e PV), além de MDB, PDT, Pros e Republicanos, em um arranjo que contou com a colaboração de Lula.“O ex-prefeito sabe da coesão nossa, porque quando fizemos nosso movimento de aliança mais ampla, foi levando em consideração a aliança no plano nacional e local. E esse movimento se revelou necessário, se revelou assertivo. O fato é que essa não é uma eleição qualquer. É uma eleição onde o que está em debate é aquilo de mais sagrado que a gente tem: a democracia. É democracia versus autoritarismo, civilização versus barbárie”, cravou.

Confira a entrevista completa:

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