O pastor presidente da Assembleia de Deus do município de Parnamirim-RN, Elinaldo Renovato de Lima, tem um motivo extra para defender o governo Bolsonaro. Ele é pai de Ilana de Castro Lima Chagas, que ocupa importante cargo comissionado do Ministério do Turismo no Rio Grande do Norte.
A arquiteta é superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no estado desde setembro de 2021. Ela substituiu o servidor de carreira Jorge Cláudio Machado da Silva, que esteve na função de julho de 2020 até a nomeação dela. De acordo com o Portal da Transparência, Ilana Chagas recebe remuneração básica bruta de R$ 5.685,55 (valor referente a agosto de 2022).
Elinaldo é investigado pelo Ministério Público Federal por eventual divulgação de notícia falsa e abuso de poder religioso relacionado às eleições presidenciais deste ano. A Agência Saiba Mais divulgou áudio em que ele dissemina pânico moral e terrorismo religioso, chegando a dizer que quem vota em Lula vai para o inferno, além de atacar o Partido dos Trabalhadores.
“O PT não tem escrúpulos, meu irmão. Como disse Valério, como disse a senadora Eloísa Helenea, o PT é capaz de tudo, de roubar, de matar pra atingir seus objetivos, é um partido das trevas, oriundo e envolvido no comunismo”, disse Elinaldo em gravação que pediu para ser compartilhada entre os fiéis da Assembleia de Deus.
Acontece que antes de trabalhar no governo Bolsonaro, Ilana de Castro teve cargo na gestão da governadora Fátima Bezerra, do PT. Entre 2019 e 2021, foi coordenadora de Projetos Especiais da Secretaria de Infraestrutura do Rio Grande do Norte.



Em 2018, era subcoordenadora do Gabinete Civil do governador Robinson Faria (PL).
O site do governo federal descreve que Ilana foi também chefe do Departamento de Regularização Fundiária na Secretaria de Habitação, Regularização Fundiária e Projetos Estruturantes (Seharpe), em Natal (RN).
SAIBA MAIS:
Pastor de Parnamirim é investigado por divulgação de notícia falsa e abuso de poder religioso
Bolsonaro só venceu Lula em 1 município no RN