CIDADANIA

Pará investiga caso de paralisia infantil; RN tem mais de 87 mil crianças não vacinadas

A baixa vacinação contra a poliomielite acendeu um alerta de alto risco da volta do vírus que causa paralisa infantil e pode matar. Nesta quinta-feira (6), a Secretária de Estado da Saúde do Pará (Sespa) divulgou que uma criança de três anos com paralisia testou positivo para poliovírus, através da metodologia de isolamento viral em fezes.

Apesar do resultado, o documento afirma que “outras hipóteses diagnósticas não foram descartadas, como Síndrome de Guillain Barré, portanto o caso segue em investigação conforme o que é preconizado no Guia de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde”.

O menino vive no município de Santo Antônio do Tauá, no interior do estado. Os primeiros sintomas, incluindo febre, dores musculares, mialgia e paralisia flácida aguda (PFA) surgiram no dia 21 de agosto. Algumas semanas depois, ele perdeu a força nos membros inferiores, sem conseguir se manter em pé.

A coleta de fezes foi realizada no dia 16 de setembro e encaminhada ao Laboratório de Referência do Instituto Evandro Chagas. O laudo, com o resultado positivo para Sabin Like 3 foi emitido na última terça-feira (4).

Situação do Rio Grande do Norte

De acordo com a plataforma RN + Vacina, neste 6 de outubro, 53% do público-alvo foi vacinado, o que significa que restam ainda desprotegidas mais de 87 mil crianças com idades entre um ano e quatro anos, 11 meses e 29 dias. O total a ser vacinado é estimado em 185.751.

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), entre os 167 municípios potiguares, apenas 27 atingiram a meta de 95% da população infantil vacinada.
A campanha foi prorrogada pela segunda vez se estendendo até 10 de outubro. O Estado pactuou com municípios uma série de medidas para estimular a vacinação, como horários flexíveis em postos de saúde e reforço da busca ativa.

Responsabilização criminal

No estado do Paraná, responsáveis por crianças que não receberam a vacina contra a poliomielite poderão ser responsabilizados criminalmente. O Ministério Público Estadual recomendou que cada município avalie o número de cobertura local da vacina e defina ações.

No estado, 63,02% do público-alvo havia sido imunizado no último dia da campanha, em 30 de setembro.

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Isabela Santos é jornalista e repórter da agência Saiba Mais