COP27: Fátima Bezerra diz que transição energética deve promover justiça social e apresenta dados do RN
Natal, RN 25 de abr 2024

COP27: Fátima Bezerra diz que transição energética deve promover justiça social e apresenta dados do RN

17 de novembro de 2022
4min
COP27: Fátima Bezerra diz que transição energética deve promover justiça social e apresenta dados do RN

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Em sua primeira fala na Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27), no Egito, nesta quarta-feira (16), a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), apresentou o cenário potiguar de produção de energias renováveis e enfatizou que a transição da matriz energética e o enfrentamento às mudanças no clima "devem estar associadas à promoção da cidadania, o que significa trabalho, emprego decente e digno para o povo".

A governadora participou do painel "Mudando os caminhos do desenvolvimento", organizado pelo Instituto Alziras, Instituto Clima e Sociedade (iCS), Centro Brasil no Clima (CBC) e outros, que contou também com participação da deputada federal eleita Marina Silva (Rede); da prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro (PSDB); professor da UFRJ, Emílio La Rovere e de representantes da África do Sul e da Indonésia.

"Nos une a luta pela sustentabilidade, o enfrentamento à degradação do clima, e também a participação das mulheres na administração pública. O Rio Grande do Norte e o Nordeste têm protagonismo nas energias renováveis e geram 70% da produção do setor no país. E o RN é o estado líder no país com 222 parques instalados e geração de 6,8 gigawatts", afirmou a gestora, acrescentando que já exporta para o Brasil e o próximo passo é exportar para o mundo, com instalação de um porto indústria verde e produção de eólicas no mar (offshore), com produção de energia, hidrogênio e amônia verde.

Noventa e quatro por cento da energia produzida no RN é proveniente de fontes renováveis. E a entrada em operação de mais 44 usinas em construção, e de 73 já contratadas, possibilitará que o Estado atinja a marca de 12 GW de potência instalada até o final de 2025. Isso equivale a 70% da potência instalada de Itaipu, que é a maior hidrelétrica do Brasil.

A fala de Marina Silva também contemplou o combate às desigualdades no contexto da transição climática e energética. “O Brasil tem o tripé que, no risco que nós passamos, é fortalecer a nossa democracia, combater as desigualdades e não é uma palavra vazia, se materializa na busca de empregos para os 120 milhões de brasileiros que estão em situação de insegurança alimentar. E nesse momento, boa parte dessa insegurança alimentar dialoga diretamente com a energia”, disse, citando que há pessoas trocando comida por energia.

“O Brasil é o país que tem uma gama muito grande de recursos naturais e a exemplo de outros países, quer se inserir nos esforços de uma transição energética que assegure melhoria da qualidade de vida das pessoas, investindo em projetos de desenvolvimento sustentável”.

A governadora está participando da COP27, em Sharm el-Sheik, no Egito, a convite do Instituto Alziras, uma organização sem fins lucrativos que tem como missão ampliar e fortalecer a presença de mulheres na política e na gestão pública.

No final da manhã da quarta-feira, horário de Brasília, acompanhou a exposição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em que ele reafirmou o compromisso da futura gestão com as questões ambientais, proteção da Amazônia, modernização da matriz energética e combate à fome.

Antes disso, Fátima participou de um evento do Consórcio Interestadual da Amazônia Legal em que os governadores da região entregaram a Lula a “Carta da Amazônia – uma agenda comum para a transição climática”, em que defendem uma agenda comum regional para a transição climática.
O diretor-geral do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN (Idema), Leon Aguiar, acompanha a governadora. O senador Jean Paul e a deputada Natália Bonavides, ambos do PT, também participam da COP27.

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