Festival da Livraria Cooperativa Cultural terá lançamento de livros ao longo da programação; confira
Natal, RN 28 de mar 2024

Festival da Livraria Cooperativa Cultural terá lançamento de livros ao longo da programação; confira

4 de novembro de 2022
9min
Festival da Livraria Cooperativa Cultural terá lançamento de livros ao longo da programação; confira

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Um momento especial para reunir leitores e autores em torno da boa escrita. Assim será durante os cinco dias do “Festival Cultural 2022: Memória, Resistência e Ancestralidade”, promovido pela Livraria Cooperativa Cultural em parceria com o Adurn Sindicato, Sicoob, DCE, Proex, UFRN e IFRN. O evento começa na segunda-feira (7) e segue até a sexta-feira (11), com um lugarzinho especial reservado à literatura.

Dentre as atividades, o festival contempla sete lançamentos: “Aby Ayala Membyra Nenhe'gara, Cânticos de uma filha da Terra”, de Eva Potiguara; Registros de um nerd autista durante a pandemia”, de Breno Araújo; “Uma história das Rocas (ed. 2)”, de Ciro Pedroza; “A Nobreza da Gratidão”, de Haroldo Figueira; “Os Trapalhões: uma leitura da comédia popular brasileira”, de André Carrico; e “O sertão imaginado nas Bachianas Brasileiras de Heitor Villa-Lobos”, de Ana Judite de Oliveira Medeiros, irão acontecer na Livraria. “A luz elétrica do seu tempo era a lua cheia: Jorge Fernandes, uma poética modernista”, de Clarissa Vale, será lançado no Núcleo de Arte e Cultura (NAC) da UFRN.

Confira a seguir mais detalhes sobre as obras:

"Aby Ayala Membyra Nenhe'gara, Cânticos de uma filha da Terra”
Eva Potiguara

Com uma poética visceral que remete à ancestralidade, o livro "Aby Ayala Membyra Nenhe'gara, Cânticos de uma filha da Terra (UK’A, 2022)” é uma ode às mulheres (bisavó e avós) da vida de Eva Potiguara, autora da obra. “O texto traz muita dor e, ao mesmo tempo, um grito de resistência pelo nosso apagamento”, afirma Eva. O livro será lançado na segunda-feira (7), às 16h na Cooperativa Cultural.

“As mulheres da minha vida, assim como todas as mulheres indígenas, foram subjugadas para que seus filhos e netos pudessem viver”, relata Eva. “Faço uma louvação a essas mulheres, com cânticos da terra, do fogo, das águas e do vento. Então, a poesia traz esse processo de violência, com destaque maior para o Nordeste. Aliado a isso, trago também o sofrimento da Mãe Terra”, pontua a autora.

“Registros de um nerd autista durante a pandemia”
Breno Araújo

A paixão por filmes e pela escrita foi a válvula de escape para Breno Araújo não sucumbir aos efeitos da pandemia de covid-19, “a pior da história do mundo”, conforme ele mesmo costuma afirmar. Dessa paixão, nasceu “Registros de um nerd autista durante a pandemia (Offset, 2022)”, livro que reúne relatos autobiográficos, com uma série de crônicas desenvolvidas pelo autor. Na terça-feira (8), Breno receberá os amigos na Livraria Cooperativa Cultural, às 16h, para um bate papo sobre a obra.

Nos escritos, estão relatos que vão desde as perdas, ainda que indiretamente, de pessoas queridas na pandemia, passando pelas paqueras virtuais que ocorreram durante o período de isolamento até chegar ao cinema, sua principal paixão. “São textos de vivências que me marcaram na pandemia. Fiz o registro das sensações que elas me passaram e isso me ajudou a enfrentar o isolamento social de forma mais leve. As crônicas foram escritas entre 2020 e 2021 e surgem sempre de forma muito inusitada, de coisas que a gente acha interessante registrar”, diz Breno, sobre o processo de criação do livro.

“Uma história das Rocas (ed. 2)”
Ciro Pedroza

Depois do sucesso da primeira edição, o jornalista Ciro Pedroza entrega de presente aos leitores uma nova e ampliada versão de “Uma história das Rocas (Editora Sebo Vermelho, 2022). Na quarta-feira (9), às 11h, a Livraria Cooperativa Cultural recebe o autor para uma sessão de autógrafos e para uma conversa para lá de animada sobre as novidades da edição. O vice-reitor da UFRN, professor Hênio Ferreira de Miranda, amigo pessoal de Ciro, participará do evento. A primeira versão do livro, lançada em abril deste ano, vendeu 500 exemplares em apenas duas semanas.

“Por isso, vi que era preciso uma nova edição, que está recheada de relatos inéditos e de algumas reparações necessárias. Entre as novas informações, constam descobertas que só chegaram ao meu conhecimento quando o texto já estava impresso ou entre uma sessão de autógrafo e outra”, conta Pedroza. O livro, que resgata a memória do bairro ao longo do século 20, narra também, nesta nova edição, novas histórias, como a que envolve a governadora Fátima Bezerra, que morou e trabalhou nas Rocas.

“A Nobreza da Gratidão”
Haroldo Figueira

Um episódio que o paraense radicado em Natal, Haroldo Figueira, acompanhou de perto, serve como pano de fundo para um mergulho sobre o exercício da gratidão, tema que virou livro, com lançamento nesta quarta-feira, (9), às 16h, na Livraria Cooperativa Cutlural. “A Nobreza da Gratidão (Caravela Selo Cultural, 2022)” traz, como ponto de partida, o relato de uma história que envolve os xarás Pedro Costa Filho e Pedro Xapury Figueira, este último, pai do autor.

Segundo Haroldo, Pedro Costa, um potiguar que chegou ao Pará no auge da extração da borracha para tentar a vida, teve de acompanhar, aflito, a luta de uma das filhas contra o câncer. Xapury ajudou a família de Pedro Costa como pôde, na busca por tratamento, mas infelizmente a jovem sucumbiu à doença. Tempos depois e já vivendo no Amazonas, Costa acolheu um dos filhos de Xapury em sua casa, em Manaus, em retribuição pela ajuda que havia recebido anos antes. “Vi de perto essa história e ela ficou na minha mente. O livro é mais amplo do que isso e leva todas as pessoas a refletirem sobre gratidão e solidariedade. Trato do tema a partir do ponto de vista histórico, filosófico e das experiências que vivi e testemunhei. Busco apoio nos evangelhos e em opiniões de autores famosos, que trataram da gratidão, de um modo geral”, afirma o autor.

“Os Trapalhões: uma leitura da comédia popular brasileira”
André Carrico

De uma geração que acompanhava Os Trapalhões todos os domingos na televisão e que corria para os cinemas nas férias para ver as peripécias do quarteto mais engraçado do Brasil, André Carrico, professor do Departamento de Artes da UFRN, decidiu fazer um resgate histórico das próprias memórias e colocar no papel, a partir de um olhar técnico, aquilo que observou e pesquisou sobre Didi, Dedé, Mussum e Zacarias. O resultado pode ser conferido no livro “Os Trapalhões: uma leitura da comédia popular brasileira (EDUFRN, 2022)”, que será lançado na quinta-feira (10), às 16h, na Cooperativa Cultural.

“Eles são meus ídolos de infância, que povoaram meu imaginário até o início da adolescência. E, como eu pesquiso comédia popular desde a graduação, no doutorado, decidi resgatar as memórias da infância. Nesse processo, descobri que Os Trapalhões são uma síntese das nossas principais escolas de comédia popular”, pontua André Carrico. O objetivo do livro, segundo ele, é situar o leitor sobre a influência do grupo nas duas principais vertentes da comédia brasileira: o cinema e a TV.

“O sertão imaginado nas Bachianas Brasileiras de Heitor Villa-Lobos”
Ana Judite de Oliveira Medeiros

O livro "O Sertão imaginado nas Bachianas Brasileiras de Heitor Villa-Lobos", fruto da tese de doutorado em Sociologia da Música entre a UFRN e a Universidade de Évora (Portugal), é uma pesquisa realizada nas aulas de Música do IFRN pela professora Ana Judite de Oliveira Medeiros, e que contará com um lançamento na Cooperativa Cultural na sexta-feira (11), às 16h.

“Fiz uma investigação com música sobre o sertão nordestino, uma forma de ressignificar a música erudita brasileira nos dias de hoje. Isso deu uma amplitude para a obra musical, educacional e sociológica. Fui motivada a preparar um material que atendesse a um público formado por profissionais, com interesse na música erudita brasileira, mas também que atendesse a quem a busca comprender a relação e a influência que ela tem na sociedade”, afirma Ana Judite.

Com a intenção de deixar o texto com uma linguagem mais leve, a autora explica que a publicação traz, ainda, um aspecto histórico e algumas interpretações de Villa-Lobos. A obra considera a influência da música popular e folclórica na Série Bachianas Brasileiras de Heitor Villa-Lobos, com reflexões sobre o Sertão nordestino, a partir da análise de quatro peças da série, denominadas de Bachianas Sertanejas.

“A luz elétrica do seu tempo era a lua cheia: Jorge Fernandes, uma poética modernista”
Clarissa Vale

Uma leitura profunda e que aprimora os estudos já publicados sobre Jorge Fernandes, o mais autêntico poeta modernista do Rio Grande do Norte, está à disposição dos amantes da boa escrita no livro “A luz elétrica do seu tempo era a lua cheia: Jorge Fernandes, uma poética modernista (Letreria, 2022), que será lançado na sexta-feira (11), às 17h, na Galeria Conviv'Art, do Núcleo de Arte e Cultura (NAC) da UFRN. O lançamento ocorre dentro das atividades do festival e durante a mesa redonda "Jorge Fernandes e a modernidade poetizada".

Clarissa Vale, bisneta de Jorge Fernandes e autora do livro, conta que um dos motivos da publicação é divulgar a história do poeta para as outras regiões do país, especialmente, onde ela vive, em Brasília. Com a pesquisa, Clarissa colabora com estudos já publicados de professores como Veríssimo de Melo, Maria Lúcia de Amorim Garcia, Humberto Hermenegildo de Araújo, Francisco das Chagas Pereira, Pedro Fernandes, João Maria Palhano e tantos outros.

“Algumas questões guiaram a criação do livro, que diz quem foi o poeta Jorge Fernandes, qual a representatividade de sua obra para o movimento modernista na segunda década do século 20 e quais as contribuições literárias para a cultura da época e da atualidade a partir da divulgação de seu acervo”, explica Clarissa Vale.

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