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Os ratos bolsonaristas e a farsa do extremismo financiado por empresários
9 de novembro de 2022
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Por Wellington Duarte
Comecemos fazendo uma reflexão simplória. Quantos, dos 98 milhões de trabalhadores brasileiros, estão envolvidos nessas patéticas manifestações, promovidas e sustentadas por empresários e gestores municipais? E agora uma pergunta necessária: se Lula tivesse perdido as eleições e se grupos de seus apoiadores fechassem rodovias, agissem com violência e se plantassem na frente dos quartéis, como vocês acham que as forças da repressão agiriam?
Essa extrema-direita chucra é alimentada claramente pelo “agro-negócio”, que estão com as burras recheadas de dinheiro, favorecidos pela politicanalhice do governo Bolsonaro que, sabe-se agora, deixa um abismo de quase R$ 400 bilhões nas contas públicas para o próximo governo. Mas não nos sejamos pegos de surpresa : a direita e a extrema-direita brasileira sempre foi extremista e nunca aceitou, de bom grado, derrotas nas urnas.
A máxima é : se for candidato, não deve vencer; se eleger, não toma posse; se tomar posse, não pode governar. E essas pequenas e barulhentas hordas, com a leniência das forças de segurança, são a ponta-de-lança dessa extrema-direita, que agora recebe dinheiro desses segmentos mais atrasados.
Se não forças suficientes para assombrar, nesse primeiro momento, o novo governo, é óbvio que esse extremismo veio para ficar e tem as “costas largas”. Os setores da elite que abraçaram o extremismo se valerão desses ratos para infestarem a democracia capenga.
E que isso sirva de aviso às forças democráticas e principalmente para as forças progressistas que continuam a tratar de forma secundária o campo de luta que são as redes sociais hoje. Após o enfrentamento, correto, dos milicianos digitais, no segundo turno, que permitiu dar fôlego para a campanha de Lula, parece que está havendo uma “ressaca” e parece que a guarda foi baixada. Entretanto os extremistas não descansaram e houve um aumento de 20% dessas redes no pós-eleição.
Fazer barulho e promover enfrentamentos com as forças de segurança são uma tática de reforço ideológico dessa turba; a contestação permanente do processo eleitoral é um movimento de reforço das hordas; a oposição parlamentar, reforçada, do bolsonarismo, serve como suporte para atacar e bloquear o governo e suas ações.
Exige-se, portanto, das forças progressistas, especialmente as de esquerda, que atualize as formas de enfrentamento dessa canalha, ou corremos o risco de ficar os próximos dois anos na defensiva e elegerão vereadores e prefeitos, reforçando esse extremismo.