DEMOCRACIA

Lewandovisk impede diplomação de “Wendel Lagartixa”, candidato mais votado do RN condenado por porte ilegal de arma

Wendel Lagartixa I Imagem: reprodução redes sociais

O ministro do Tribunal Superior Eleitoral Ricardo Lewandovisk negou ao candidato Wendel Fagner Cortez de Almeida, o Wendel Lagartixa, o direito de ser diplomado como deputado estadual na próxima segunda-feira (19). Ele foi o candidato mais votado entre todos os concorrentes a uma vaga na Assembleia Legislativa, com mais de 83 mil votos.

No entanto, uma condenação em 2ª instância por porte ilegal de armas o tornou inelegível, decisão confirmada por Ricardo Lewandovisk, mas que ainda cabe recurso. O processo deve seguir para decisão do Pleno.

A solenidade de posse de todos os eleitos no Rio Grande do Norte, o que inclui a governadora Fátima Bezerra e os parlamentares para a ALRN, Câmara dos Deputados e Senado Federal, está confirmada para a próxima segunda (19), na sede do Tribunal Regional Eleitoral, em Natal.

 Na decisão, Lewandovisk indefe o registro de candidatura de Lagartixa e pede a exclusão do nome dele da lista dos eleitos, além de promover a retotalização dos votos sem os votos destinados ao candidato.

Com o novo cálculo, o deputado Ubaldo Fernandes deve ser diplomado no lugar do Lagartixa. Ele obteve 34.426 votos em 2 de outubro.

Condenado

Lagartixa foi condenado por porte ilegal de arma e munições de uso restrito e deve ficar inelegível por oito anos a contar da data do término da pena, em junho de 2021.

Em posse de Lagartixa, foram encontrados: um colete e duas placas de colete balístico; duas munições de calibre .40; um cartucho calibre .12; 30 munições de calibre .380; três carregadores de calibre .380; e um carregador calibre .40; todos com prolongador.

O arsenal corrobora para outras crimes dos quais Lagartixa é acusado: homicídio simples e homicídio qualificado. “Fato esse que, a despeito de não configurar inelegibilidade, é elemento revelador de periculosidade social”, conforme explicitou o ministro ao decidir pela inelegibilidade do bolsonarista.

Em 2013, Wendel Lagartixa foi preso na Operação Hecatombe da Polícia Federal, acusado de participar de um grupo de extermínio. A soltura só veio porque o prazo de prisão preventiva extrapolou. Além disso, já esteve envolvido em outras investigações, como a Operação Fronteira, conduzida pela Polícia Civil.

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