O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou os primeiros cinco nomes do futuro ministérios, na manhã desta sexta-feira (9). A divulgação foi feita durante entrevista coletiva no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília. Cinco ministros foram anunciados por Lula para comandar pastas importantes de seu terceiro mandato à frente da Presidência. Dois nomes são de Nordestinos: Rui Costa (Bahia) vai para Casa Civil, Flávio Dino (Maranhão) comandará o Ministério da Justiça e José Múcio Monteiro (Pernambuco) fica com o Ministério da Defesa . Fecham a primeira lista divulgada : Fernando Haddad (Fazenda) e Mauro Vieira (Relações Exteriores).
Quem são os primeiros ministros anunciados por Lula?
Futuro ministro da Justiça, Flávio Dino é aliado de longa data de Lula e demonstrou lealdade mesmo quando o ex-presidente estava preso. O ex-governador do Maranhão e senador eleito foi juiz federal e contribuiu para o debate público apontando as ilegalidades da Operação Lava Jato. Tem como um dos desafios revogar decretos que facilitam compra e porte de armas.
Governador da Bahia até dezembro, Rui Costa abriu mão de concorrer ao Senado nas eleições de 2022 para aumentar o arco de alianças de Lula no estado. A estratégia deu certo. O político baiano vai assumir a Casa Civil da Presidência da República com a tarefa de coordenar a integração entre os ministérios da Esplanada.
Pernambucano, José Múcio Monteiro, que vai assumir o Ministério da Defesa, foi chefe da articulação política de Lula em seu segundo mandato no Palácio do Planalto e é ex-ministro do TCU. Ele tem bom trânsito entre os militares. Sua tarefa é encontrar um equilíbrio entre a reconciliação com as Forças Armadas e o combate ao processo de politização dos militares brasileiros.
Conforme indicavam as articulações políticas durante a transição, a política econômica do novo governo estará sob chefia de Fernando Haddad, nome de confiança de Lula. Mestre em Economia e ex-ministro da Educação, tem um perfil que não desagrada o mercado, mas também não deve se render a ele. Um dos desafios do petista é garantir recursos para os programas sociais e a retomada do crescimento.
O embaixador Mauro Vieira deve seguir a linha de atuação do ex-ministro Celso Amorim à frente das Relações Exteriores, que ficou conhecida como um política externa “ativa e altiva” e projetou o Brasil como um líder entre os países do sul global sem perder o diálogo com as grandes potências. Os dois chegaram a trabalhar juntos nas primeiras gestões de Lula e Vieira ainda atuou como chanceler com a ex-presidenta Dilma Rousseff (PT).
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Com informações do Brasil de Fato