A presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e o futuro ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, confirmaram nesta quinta (29) que Jean Paul Prates deve assumir a presidência da estatal. O anúncio era aguardado para esta semana, o que ainda não ocorreu. O atraso esbarra na mudança da Lei das Estatais, aprovada pela Câmara mas que ainda passará pelo Senado.
Caso aprovada, a alteração na lei permitirá que pessoas hoje impedidas sejam indicadas para as estatais, desde que sejam desligadas da atividade política por pelo menos 30 dias antes da posse. Atualmente, esse prazo é de 36 meses. Jean concorreu como primeiro suplente na chapa de Carlos Eduardo Alves (PDT) para o Senado neste ano e em 2020 foi candidato a prefeito de Natal. Portanto, esbarraria nas regras atuais.
Silveira foi anunciado por Lula nesta quinta (29) como o próximo titular de Minas e Energia, e disse à imprensa que não há outro nome no radar para a presidência da Petrobras além de Prates. A expectativa, segundo o futuro ministro, é de que o anúncio sobre a Petrobras aconteça em janeiro. Já à coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles, Gleisi Hoffmann também confirmou o senador potiguar para a estatal.
Lula está sendo “cauteloso”
Após o anúncio da última leva de ministros, Alexandre Silveira revelou aos jornalistas que o presidente eleito Lula está sendo “cauteloso”, informou o g1.
“Presidente tem sido muito cauteloso, porque, como ele disse hoje, primeiro precisa observar a lei das estatais e, segundo, há todo um processo interno de mudança na diretoria executiva”, afirmou.
Durante o discurso, Lula comentou apenas que leva tempo para anunciar a diretoria da Petrobras porque “tem toda uma legislação que rege as empresas estatais”.
Jean deixa o Senado na próxima legislatura. Ele era o primeiro suplente de senador de Fátima Bezerra e foi alçado ao Congresso depois que a petista foi eleita para o Governo do Rio Grande do Norte, cargo que ocupa desde 2019. Neste ano, o senador deixou de concorrer à reeleição para facilitar as costuras da aliança ampla no RN que reuniu, dentre outros, PT, MDB e PDT. Este último indicou o ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo para ser o candidato da coligação a senador, e saiu derrotado; Jean foi, novamente, o primeiro suplente.
Atualmente, o petista integra o grupo temático de minas e energia no governo de transição de Lula e é um nome reconhecido na área. Jean atua no mercado de óleo e gás desde a década de 1980, tendo sido presidente do Sindicato das Empresas de Energia do Rio Grande do Norte (SEERN) e do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (CERN).