A novela orçamentária protagonizada pelo Governo Federal, no apagar das luzes de 2022, teve mais um capítulo nesta quinta-feira (8). Após o bloqueio de R$ 5,5 milhões, realizado em 1º de dezembro, que comprometeu diretamente o pagamento de bolsistas e fornecedores, o MEC liberou ontem R$ 3,5 milhões para pagamento das obrigações relativas à assistência estudantil.
O valor é destinado às despesas empenhadas e liquidadas pela ação orçamentária do Programa Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes). A Diretoria de Contabilidade e Finanças (DCF) confirmou o recebimento e disse que já iniciou o pagamento de todas as bolsas e auxílios de alunos que estavam pendentes em virtude da falta do financeiro na universidade.
Ainda de acordo com a DCF, a expectativa é de que os pagamentos sejam creditados nas contas dos alunos entre os dias esta sexta-feira (9) e segunda (12).
“Frisamos que a liberação refere-se, exclusivamente, a repasse financeiro da assistência estudantil, ou seja, todas as demais obrigações contratuais que estavam aptas ao pagamento permanecem sem previsão, tendo em vista não ter ocorrido liberação de financeiro ainda, como mão de obra, energia, água e fornecedores diversos”, explicou o diretor do DCF, Daniel Bessa.
Segundo o gestor, os recursos bloqueados no dia 1º de dezembro, no montante de R$ 5,5 milhões, seguem contingenciados e ainda não há previsão de desbloqueio, assim como os cortes anteriores também não têm previsão de reversão.
Estudantes mobilizados
Antes da informação da liberação do recurso, alunos da UFRN realizaram, na tarde dessa quinta-feira (8), um ato público contra o bloqueio de verbas das universidades e institutos federais. Em Natal, a manifestação foi organizada pela União Estadual dos Estudantes (UEE/RN) e pelo DCE da UFRN. Os estudantes se concentraram no Anfiteatro da UFRN e seguiram até o Midway Mall.
Saiba+
“Sensação de insegurança”: Estudantes fazem ato em Natal contra cortes na educação
UFRN suspende pagamento de bolsistas e fornecedores por causa de bloqueio do Mec
Vai e vém do governo Bolsonaro tira mais dinheiro da UFRN e reitor lamenta: “situação nunca vista”
