DEMOCRACIA

Conselho aprova Jean Paul Prates para presidência da Petrobras

Jean Paul Prates com Lula I Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação

O Conselho de Administração da Petrobras aprovou, nesta quinta (26), o nome do senador Jean Paul Prates (PT-RN) para presidir estatal. A indicação será confirmada na próxima assembleia dos acionistas, prevista para abril.

Prates, que já renunciou ao cargo de senador nesta quinta, foi indicado pelo presidente Lula (PT) para o posto em dezembro, mas a análise da indicação só começou em janeiro. A escolha do Conselho, que possui dez membros, foi por unanimidade.

Antes de Jean Paul Prates, a Petrobras vinha sendo comandada por Caio Paes de Andrade, que era indicado de Bolsonaro e renunciou à presidência em 3 de janeiro deste ano, sendo substituído provisoriamente por um diretor.

Histórico

Jean Paul Prates é advogado e economista. Possui mestrado em Planejamento Energético e Gestão Ambiental, pela Universidade da Pensilvânia (EUA) e em Petróleo e Gás e em Economia de Petróleo e Motores, pelo Instituto Francês do Petróleo. Atua no setor desde os anos 80 e é coautor do atual quadro regulatório e de royalties para o setor de energia do Brasil.

Foi membro da assessoria jurídica da Petrobras Internacional (Braspetro), no final da década de 80. Em 1991, fundou a primeira consultoria brasileira especializada em petróleo, chegando a ter 120 consultores associados. Em 1997, participou da elaboração da Lei do Petróleo. Também foi o redator do Contrato de Concessão oficial brasileiro e do Decreto dos Royalties.

No RN, onde reside desde 2005, fundou o Centro de Estratégias em Energia e Recursos Naturais (Cerne), dedicado a ajudar governo e empresas a implementarem a inclusão social e estratégias multilaterais de investimento no setor energético. Também atuou no conselho consultivo de grupos de energia no Brasil e presidiu o Sindicato das Empresas do Setor Energético do Rio Grande do Norte (Seern).

Durante o Governo Wilma de Faria, foi Secretário de Estado de Energia e, em cerca de três anos, tornou o RN autossuficiente em energia. Foi responsável por trazer mais de R$ 10 bilhões em investimentos para a matriz energética potiguar e transformou o estado em exportador de energia (sobretudo eólica), e combustíveis (gasolina, óleo diesel, QAV – querosene de aviação, gás de cozinha e biodiesel), para o Nordeste.

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