Os professores da rede estadual de ensino do Rio Grande do Norte rejeitaram as propostas do Governo para atualizar o piso salarial de 2023. A decisão foi tomada em assembleia promovida pelo sindicato da categoria, o Sinte-RN, nesta quinta-feira (16).
De forma unânime, segundo o Sinte, os trabalhadores consideraram as proposições ruins e incompatíveis com o que reivindicam. Assim, aprovaram a realização de uma nova assembleia em 27 de fevereiro tendo como pauta um indicativo de greve.
A entidade pede um reajuste de 14,95% implementado de forma integral, de acordo com a carreira, paridade e integralidade entre ativos e aposentados, com pagamento a partir de março e efeito retroativo a janeiro e fevereiro.
Já o Governo apresentou duas propostas: a primeira consistia na implementação de 3% em maio para os ativos e aposentados que ganham acima do piso, retroativo a janeiro; 2,71% em setembro e 8,66% em dezembro. O retroativo seria implementado a partir de maio de 2024.
A segunda oferta propôs a implantação de 5,70% em maio e 8,66% em dezembro. O retroativo seria pago a partir de maio do ano que vem
A categoria decidiu manter a comissão de negociação que continuará negociando com o Executivo estadual e indicou mais quatro professores da base, além dos membros da direção que já participam. Outros encaminhamentos foram definidos. São eles:
- Os professores devem conversar nas unidades de ensino com os estudantes e seus pais sobre a Campanha Salarial deste ano e a implantação dos 14,95%;
- As regionais do Sinte-RN devem realizar assembleias para ouvir a categoria em todo o Rio Grande do Norte;
- O Sinte-RN deve preparar uma paralisação para o dia 08 de março;
- O Sinte-RN deve elaborar um plano de mídia para a Campanha Educacional e Salarial 2023; e
- O Sinte-RN deve apresentar no Núcleo de Ações Coletivas (NAC) uma proposta de negociação com vistas a reduzir o parcelamento do passivo do piso 2022, incluindo a correção dos valores.
A agência Saiba Mais tentou contato com a direção do Sinte para comentar as propostas e como têm sido as negociações, mas não recebeu retorno até o fechamento desta matéria.