Poeta e artista visual Pedro Grilo ganha estátua na escadaria de Mãe Luiza

O artista visual Pedro Grilo ganhou nesta quinta-feira (9) uma estátua na escadaria de Mãe Luiza, bairro em que o poeta morava. 

A inauguração contou com um cortejo e sarau organizados pela Sociedade dos Poetas Vivos e Afins (SPVA), em parceria com a Fundação José Augusto (FJA). A estátua foi esculpida pelo artista plástico Guaraci Gabriel.

O evento iniciou em frente à Capela Nossa Senhora Aparecida, com destino ao arco do alto da escadaria de Mãe Luiza, localizado na Rua Guanabara. A escultura em aço inoxidável é o resultado da primeira edição do projeto "Nós na Terra", de autoria de Guaraci, com recursos obtido por meio do Programa Cultural Câmara Cascudo (PCCC).

Grilo morreu em abril do ano passado, aos 86 anos. Nascido em 30 de setembro de 1936 em Natal, ele frequentou a escola até o curso primário. Se tornou autodidata começando a escrever aos 15 anos. Foi pintor de parede e de letreiros comerciais. Se tornou um artista plástico produtivo, cujas obras retratavam a Natal antiga. Realizou inúmeras exposições no Estado com destaque para a mostra realizada em 2012 na Pinacoteca do Estado.

Criou o jornal O Pitiguari no qual mostrou a sua produção e de outros autores potiguares. Lançou em 2000 o livro “Mel e Cicuta”, que exibe parte de sua obra literária e prosa e poesia. Foi membro efetivo da Academia de Trovas do RN, ocupando a cadeira 35. Integrou a Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do RN e a União Brasileira de Trovadores.

O artista chamava atenção pelo seu visual característico: o chapelão e terno branco. Boêmio, estava sempre nas ruas da Cidade Alta para as suas prosas e trovas.

Já o responsável pela estátua, Guaraci Gabriel, tem sua arte identificada com a produção de objetos com aço inoxidável. Uma de suas mais recentes obras foi a escultura gigante instalada em 2021 nos arredores do Pico do Cabugi, em Angicos, em homenagem ao centenário de Paulo Freire. O Patrono da Educação Brasileira realizou na cidade do interior potiguar a experiência das 40 horas de Angicos, em que alfabetizou 300 jovens e adultos.