Profissionais da enfermagem fazem paralisação de 24 horas por implantação de piso salarial até 10 de março 
Natal, RN 25 de abr 2024

Profissionais da enfermagem fazem paralisação de 24 horas por implantação de piso salarial até 10 de março 

13 de fevereiro de 2023
3min
Profissionais da enfermagem fazem paralisação de 24 horas por implantação de piso salarial até 10 de março 

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Servidores dos estados e municípios que atuam no setor de enfermagem farão uma paralisação com 24 horas de duração nesta terça (14), em todo o país, para pressionar o setor público e privado a implantar o piso nacional da categoria até o dia 10 de março. No Rio Grande do Norte, além dos profissionais, diretores, coordenadores e professores dos cursos de enfermagem também foram convocados para a manifestação. 

A paralisação é também um indicativo de greve, caso o piso da categoria não seja implementado até o dia 10 de março. A lei nº 14.434, de agosto de 2022, fixou o piso nacional da enfermagem, que passou para R$ 4.750 para enfermeiros e enfermeiras; já técnicos de enfermagem devem receber 75% desse valor (R$ 3.325) e auxiliares de enfermagem e parteiras 50% do valor pago aos enfermeiros (R$ 2.375). 

Em agosto do ano passado, o projeto foi sancionado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas com veto ao trecho que estabelecia que o piso deveria ser reajustado anualmente de acordo com a inflação calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). 

A lei, no entanto, foi suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF) após pedido da Confederação Nacional de Saúde, Hospitais, Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde), entidade que reúne empresários do setor privado. Eles argumentaram que o piso também vinha sendo questionado por gestores de alguns estados e municípios, que diziam não ter condições orçamentárias de aplicar a norma. 

Um dos pontos que levou o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, a suspender a lei foram as dúvidas sobre as fontes de custeio. Na época, para assinar o veto, Barroso também avaliou a possibilidade de ocorrer uma demissão em massa no setor privado e da consequente queda na qualidade dos serviços prestados nos hospitais, caso as demissões fossem concretizadas. 

Problema resolvido? 

Para as entidades que representam os profissionais da enfermagem, o problema da falta de recursos foi resolvido com a promulgação da PEC 42/2022, de dezembro do ano passado. A PEC direciona recursos e prevê a utilização de fundos públicos e do Fundo Social para financiar o piso salarial da enfermagem no setor público. No caso de entidades filantrópicas e de prestadores de serviços, os repasses seriam garantidos com atendimento mínimo de 60% de pacientes do SUS. 

O pagamento da categoria é feito através de repasses da União, mas estados e municípios também têm autonomia para fazer a negociação. 

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