Dnit já tem contratos para obra no pilar danificado da ponte de Igapó, mas sem prazo
Natal, RN 25 de abr 2024

Dnit já tem contratos para obra no pilar danificado da ponte de Igapó, mas sem prazo

24 de março de 2023
3min
Dnit já tem contratos para obra no pilar danificado da ponte de Igapó, mas sem prazo

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O pilar da ponte de Igapó, avariado durante um ataque criminoso na última terça-feira (21), deverá passar por reparo no futuro, informou o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Superintendente local, Eider Rocha disse que o órgão possui contratos com duas empresas para efetuar os reparos, mas ainda sem prazo para início e término.

De acordo com especialistas, não há risco iminente de queda, mas caso não passe por reparo, o trecho atingido poderá ficar comprometido rapidamente com o trânsito de veículos. Segundo Rocha, o custo do reparo na ponte ainda não está definido, porque não está previsto nos contratos. As empresas terceirizadas serão contactadas, para avaliação, diagnóstico, proposição de solução, aquisição de material e execução do reparo.

A ponte, que liga as zonas Oeste e Norte de Natal, compõe um trecho da BR-101, portanto tem jurisdição federal. Ainda assim, o governo local diz que buscou apoio com o Ministério da Infraestrutura. 

“Sendo um equipamento que interessa ao nosso estado, fizemos contato com os órgãos e buscamos junto ao Governo federal toda a garantia de que esse serviço possa ser executado o mais rápido possível”, disse o secretário estadual de Infraestrutura, Gustavo Coêlho. 

As palavras do secretário foram ditas na tarde desta quinta-feira, durante uma entrevista coletiva que contou ainda com representantes do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea/RN), Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) e Instituto Técnico e Científico de Perícia (Itep/RN).

Tanto o Crea como o Dnit fizeram visitas técnicas e constataram que na ponte há danos por conta da bomba que foi explodida no local por criminosos, mas que podem ser reparados. O risco seria maior se houvesse tráfego, mas o trecho atingido fica do lado mais novo da ponte, no sentido Zona Norte-Quintas, e que já está interditado pela obra da avenida Felizardo Moura. 

“Importante alertar que o Crea fez essa visita, constatou o problema e alertamos. Agora estamos preparando um relatório para entregar ao Dnit”, disse Ana Adalgisa Dias, presidente do Crea. Segundo ela, o risco de colapso da estrutura deveria ser considerado se houvesse tráfego atualmente sobre o trecho atingido. 

O diretor geral do Itep, Marcos Brandão, também participou da coletiva e explicou que a perícia realizada pelo instituto é diferente da realizada por órgãos ligados à engenharia, como o Dnit. O órgão foi o primeiro a fazer avaliar os impactos causados pela bomba e negou inicialmente que a explosão embaixo da ponte tenha causado abalo à estrutura.

“Nossa perícia é criminal. Nós vamos a uma ocorrência dessas para definir a dinâmica do crime, o material utilizado e o apontamento de suspeitos de autoria do crime cometido”, disse Marcos. O laudo do Itep deve sair entre 30 e 60 dias.

Em outubro de 2022, antes das obras da avenida Felizardo Moura que interditaram parte da ponte de Igapó, 66 mil veículos passavam por dia no local. Em fevereiro de 2023, pós início das obras, o trafégo passou a ser de 32 mil veículos por dia, segundo dados do painel do Dnit.

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