CIDADANIA

Mulheres recebem mais da metade dos recursos para fomento ao empreendedorismo do governo do RN

Cícera Franco, filha de agricultor, acreditou que a agricultura familiar poderia transformar sua vida e de toda a família

As mulheres e os negócios chefiados por elas têm protagonismo na Agência de Fomento do RN. O número de mulheres atendidas com crédito pela instituição nos últimos quatro anos corresponde a mais de 50% de tudo que foi financiado  pela instituição, fundada em 2001. Entre 2019 e 2022, foram 14.013 mulheres atendidas com um volume de recursos de R$ 59,5 milhões, superando em quantidade de operações (10.651) e volume de recursos (R$ 54,4 milhões) os financiamentos concedidos a negócios comandados por homens.

Na história da instituição, a linha de crédito que mais alcançou mulheres foi a destinada ao mercado informal. Ao todo, a AGN financiou 18.480 mulheres em negócios informais que vão da produção de alimentos, até confecções, estética, dentre outros. Um investimento que ultrapassa o valor de R$ 48 milhões. Mesmo no mercado formal, o número de financiamentos contratados por mulheres supera aqueles contratados por homens com 5.544 contra 5.164 e um aporte de R$ 34,5 milhões contra R$ 32,7 milhões.

A uma distância de 57 quilômetros de Natal e uma pequena estrada de barro, é possível conhecer a história de luta de uma mulher e sua família por uma vida melhor. Uma trajetória construída com coragem e determinação em fazer de uma pequena plantação de macaxeira herdada do pai, um novo negócio capaz de manter sete famílias e empregar 42 pessoas.

Cícera Franco, filha de agricultor, acreditou que a agricultura familiar poderia transformar sua vida e de toda a família. Da monocultura, ela partiu para a produção de hortaliças e outros, desenvolveu seu negócio, ampliou e deixou para trás a dependência dos atravessadores e se tornou fornecedora de produtos para a feira livre na cidade numa banca montada pela família, mas também para consumidores da capital potiguar.

O cultivo, antes limitado ao pai, ganhou a companhia das irmãs Joana D’Arc, Maria Iraneide, Maria Renilda, Francisca Sizelia e do irmão Francisco das Chagas, além dos cônjuges e filhos que passaram a integrar a unidade produtiva. O Sítio Alegria, lar de Cícera e sua família, inclusive foi palco de uma série de anúncios do Governo Federal e Estadual voltados à agricultura familiar, e que contou ainda com a concessão de crédito para mais sete famílias que atuam na produção de orgânicos.

No primeiro crédito acessado por Cícera, na Agência de Fomento do Rio Grande do Norte (AGN-RN) – instituição financeira do Governo do Estado – um motocultivador foi adquirido. A máquina transformou parte da produção, poupando tempo, mão de obra e ampliando a produtividade. O serviço, que antes levava quase um dia e desgastava o pessoal, passou a ser realizado em menos de uma hora.

“Acessei o CredMais da AGN para adquirir o motocultivador, que foi um poupador de mão de obra. E é isso que a agricultura familiar, se reinventar. O segundo crédito vem agora para ampliar nossa área de produção, dar uma estruturada em nosso sítio. Então a AGN é fundamental para agricultura familiar”, conta Cícera Franco.

Bem longe dali, na cidade seridoense de Lagoa Nova está a jovem empreendedora Aline Suiane de Lima. Microempreendedora Individual há seis anos, ela abriu sua primeira loja na cidade em que vive, acessou o Microcrédito do Empreendedor da AGN em quatro oportunidades, abriu uma filial na cidade de Angicos e agora, pela quinta vez, buscou os recursos para continuar a investir e fazer seu empreendimento crescer ainda mais.

“O crédito da AGN é especial demais. Com os recursos, já consegui reformar a loja, temos uma filial em Angicos e estou sempre lutando para fazer valer o crédito que recebi”, conta ela que trabalha com confecções e viu na AGN a oportunidade de transformar seu negócio por meio do financiamento. “O crédito ajudou demais, a gente que é MEI, quando vai no banco, eles disponibilizam muito pouco, mas a AGN é diferente, tem um crédito muito bom, não tem os juros de um banco, facilitou demais”, comemora Aline.

Para a diretora-presidente da AGN, Márcia Maia, assegurar alternativas de crédito acessíveis, em condições especiais e que permitam diferentes perfis de empreendedor e de negócios oportuniza que mulheres empreendedoras possam alcançar sua independência financeira.

“Sob diretriz do Governo do Estado, nós somos um braço para impulsionar, uma mão para auxiliar no caminho dos empreendedores e empreendedoras. Orgulha muito toda nossa equipe saber que nossa participação em eventos voltados ao empreendedorismo feminino, nossa parceria com instituições públicas e da sociedade civil tem resultado. A Agência de Fomento, como esse trabalho, atende aos anseios da coletividade, chega a quem mais precisa, democratiza o crédito e transforma a realidade de famílias inteiras”, destaca Márcia Maia.

Objetivos do Desenvolvimento Sustentável

Questões ligadas à equidade de gênero, erradicação da pobreza, fome zero e agricultura sustentável, saúde e bem-estar, trabalho decente e crescimento econômico, redução das desigualdades, bem como, o consumo e produção responsáveis estão entre os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) – baseados nos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) – contemplados pela atuação da AGN.

Em 2015, representantes de diversos países se reuniram para debater e decidir sobre novos caminhos para melhorar a vida das pessoas em todos os lugares do mundo. As decisões vieram com o objetivo de promover uma mudança do curso global de ação para acabar com a pobreza, promover a prosperidade e o bem-estar para todos, proteger o meio ambiente e enfrentar as mudanças climáticas.

Assim, naquele ano, os países iniciaram a adoção de uma nova agenda de desenvolvimento sustentável e resultaram nos novos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), inspirados nos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). A iniciativa acontece desde então, em escala mundial, com o apoio das Nações Unidas num trabalho conjunto entre governos, sociedade civil e outros parceiros para aproveitar o impulso gerado pelos ODM e levar à frente uma agenda de desenvolvimento.

 

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