Péricles Venâncio dos Santos, de 56 anos, foi apresentado nesta segunda (13) como o novo Superintendente da Polícia Rodoviária Federal no Rio Grande do Norte (PRF/ RN). Ele é de Campina Grande (PB) e entrou para a corporação em 2005. Dos 18 anos de trabalho na corporação, 17 foram cumpridos em território potiguar.

O Superintendente é formado em Engenharia Civil, Pós-Graduando em Ciências Policiais, Instrutor do Departamento de Polícia Rodoviária Federal na Disciplina de Enfrentamento às Fraudes Veiculares e consultor do Grupo de Enfrentamento às Fraudes Veiculares (GEFRAV) da Diretoria de Operações (DIOP).

Apesar de ser natural da Paraíba, Péricles Venâncio começou atuando no Rio Grande do Sul, onde passou apenas um ano. No Rio Grande do Norte, Péricles Venâncio passou pela Delegacia de Caicó e ocupou funções de gestão como chefe substituto e chefe do Núcleo de Policiamento e Fiscalização desta Delegacia. Ele também foi operador e Chefe do Núcleo de Operações Especiais.

“É uma pessoa competente, ética, responsável e bem relacionada com o efetivo. É um bom nome para representar a Polícia Rodoviária federal”, avalia o inspetor da PRF aposentado, Roberto Cabral, que atuou com o Superintendente em algumas operações.

Péricles Venâncio assume a Superintendência da PRF hoje em substituição ao Policial Rodoviário Federal Luiz Idalino Câmara Pinheiro.

Bloqueios em estradas

Ano passado, a Polícia Rodoviária Federal foi severamente criticada em vários estados do país por não evitar bloqueios de estradas por grupos bolsonaristas inconformados com o resultado das eleições, demonstrando a interferência política do ex-presidente Bolsonaro na corporação.

Em novembro de 2022 foram registradas três ações de bloqueio de rodovias no Rio Grande do Norte. As interdições ocorreram em Mossoró, Itajá e Parnamirim.

O principal bloqueio aconteceu na BR 101, em Parnamirim, na Grande Natal. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, o bloqueio começou por volta das 23h25 do dia 31, no KM 104 da rodovia, e seguiu até o fim da manhã do dia 1º.

Segundo a Superintendência da PRF da época, foram feitas tentativas de diálogo, mas os manifestantes se mostraram resistentes, sendo necessária a atuação da Tropa de Choque.

O Ministério Público Federal (MPF) no Rio Grande do Norte chegou a determinar a abertura de procedimento para acompanhar os protestos nas vias federais por grupos bolsonaristas pró-golpe que bloquearam o trecho da BR 101 com a preocupação de garantir o fluxo de veículos nas rodovias, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), e fiscalizar eventuais omissões na atuação da PRF.