CIDADANIA

Governo do Estado espera decisão do MEC para planejar novo ensino médio em escolas do RN

Assim como em outros estados do país, o Rio Grande do Norte ainda não sabe como será o chamado novo ensino médio. A titular da Secretaria do Estado de Educação, aguarda a definição das diretrizes nacionais pelo presidente da República e Ministério da Educação para, só então, dar início às discussões e planejamento por aqui.

Foi aberta uma consulta pública no Ministério da Educação (Mec), muitas entidades foram ouvidas e há esse anseio dos estudantes e segmentos dos professores. Minha preocupação é saber o que vamos colocar no lugar para nossos estudantes. Se for retirado o atual modelo, qual será colocado? O modelo passado que todos nós criticávamos também?”, questiona Socorro Batista, que além de secretária estadual de Educação, integra o Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed).

O Conselho se posicionou contra a revogação e a favor de ajustes. Nesta quarta (05), o presidente Lula anunciou a suspensão do novo ensino médio por 60 dias para que sejam feitos reajustes.

Pela reforma, aprovada em 2017 (lei nº 13.415/2017) durante o governo de Michel Temer (MDB), previa a implantação do novo sistema em todas os anos do ensino médio até o ano de 2024.

 “Historicamente, o ensino médio no país tem sido isso, um vai e vem de modelos e ainda não conseguimos chegar a uma proposta a contento, porque o ensino médio tem um público muito especial, o aluno da classe trabalhadora, que precisa estudar à noite, então, quando falamos em tempo integral temos que levar em consideração que boa parte também trabalha e não pode seguir o turno integral. Precisamos valorizar o ensino de Jovens e Adultos porque esse público é muito importante, é uma segunda oportunidade. Há uma série de elementos que precisamos levar em conta.

 Socorro Batista, em entrevista ao programa Balbúrdia da Agência Saiba Mais da última terça (4).

O que é o novo ensino médio?

A reforma prevê a ampliação da carga horária, que passa a ser integral. Com isso, a atual carga horária de 2.400 para 3.000sendo que 1.800 seriam utilizadas com as disciplinas de aprendizagens comuns e obrigatórias estabelecidas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Como o projeto traz a possibilidade de que os estudantes escolham parte das disciplinas, as demais 1.200 horas serão destinadas ao itinerário formativo.

Apesar da proposta de modernização do currículo e tornar essa fase da vida escolar mais atrativa, reduzindo a evasão escolar, o novo sistema tem sido colocado em prática com muita dificuldade por algumas escolas, devido à falta de estrutura e de professores.

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