CIDADANIA

Grupo de Trabalho no RN vai tratar da cultura de paz nas escolas

Na manhã da última sexta-feira (14), entidades governamentais e privadas se reuniram no auditório da Secretaria Estadual de Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer (Seec) para discutir a crescente violência nas escolas do Brasil. A reunião também serviu para criar um Grupo de Trabalho (GT) que deve elaborar as primeiras diretrizes para fortalecer a cultura de paz nas escolas. Uma novo encontro está marcado para esta segunda (17).

O debate contou com a presença de diversas Secretarias de Estado, representações dos poderes Judiciário e Legislativo, além de entidades representativas de escolas privadas, sindicatos e representações estudantis.

A secretária Estadual de Educação, Socorro Batista, destacou que a temática da violência nas escolas não é recente, mas exige a união da sociedade para proteger crianças, adolescentes, jovens e profissionais da educação. Batista lembrou que todas as Diretorias Regionais de Educação já contam com Núcleos de Cultura de Paz e que o governo tem programas importantes em vigor, como o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerdi), o Patrulha Maria da Penha e o Ronda Escolar.

Não é de hoje que vivenciamos diversos quadros de violências, como discriminação, racismo e bullying. E isso exige união da sociedade. Por essa razão estamos aqui, porque precisamos proteger nossas crianças, adolescentes e jovens e também nossos profissionais da educação, porque sozinhos não alcançaremos nossos objetivos e precisamos pensar em ações emergenciais e também políticas de médio e longo prazo”, avaliou a gestora.

O secretário de Segurança Pública, coronel Araújo, também ressaltou a importância de apoiar a Secretaria de Educação e tranquilizou os participantes ao afirmar que as polícias do Estado, junto com o serviço de inteligência, têm trabalhado incansavelmente para prevenir atos de violência. Além disso, o governo vai ampliar os canais oficiais de denúncia e pede aos cidadãos que evitem compartilhar publicações sem a devida verificação junto às autoridades.

Os participantes concordaram que a segurança nas escolas precisa ser reforçada, mas sem militarização e que o discurso de ódio, as Fake News e o crescimento do fascismo e nazismo devem ser combatidos. Eles também destacaram a importância do engajamento da sociedade como um todo, começando pelas famílias, que devem acompanhar os jovens e recorrer às instituições e profissionais quando necessário. A imprensa também foi lembrada pelo papel relevante que desempenha no zelo pela informação, ajudando a evitar a propagação de notícias falsas.

Os representantes das instituições e entidades presentes ressaltaram que a situação demanda ações que não se resumem à utilização das polícias, sendo o momento importante para discutir e agir em várias frentes, tanto emergenciais quanto políticas de médio e longo prazo.

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