CIDADANIA

Quem é “Bibi Perigosa”, presa no Rio de Janeiro suspeita de comandar ataques no RN

A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu neste domingo (2) Andreza Cristina Lima Leitão, conhecida como “Bibi Perigosa” ou “Andreza Patroa”, chefe de uma facção criminosa e apontada como responsável pela série de ataques ocorridos no Rio Grande do Norte durante março.

A prisão foi realizada por meio da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE). A traficante, de 31 anos, foi capturada em Campo Grande, zona Oeste da capital do Rio, depois que saiu do Complexo da Penha, na Zona Norte, onde estava escondida.

Segundo as investigações, a criminosa se abrigou em comunidades fluminenses dominadas pelo Comando Vermelho depois dos ataques terroristas promovidos no Rio Grande do Norte.

De acordo com a DRE, a mulher assumiu o comando da facção após a morte do seu companheiro, em setembro de 2016. Ela é considerada uma das maiores traficantes do Rio Grande do Norte e acumula vários processos na Justiça por tráfico de drogas, organização criminosa e pelos ataques ocorridos no mês passado.

Em entrevista ao g1, o delegado assistente da DRE, Rodrigo Coelho, afirmou que a traficante coordenou os ataques no Rio Grande do Norte por meio de um grupo de comunicação online.

“A Andreza criou um grupo de comunicação entre os criminosos que ela intitulou ‘Companhia dos Artilheiros’, que promoveu verdadeiros atos terroristas no Rio Grande do Norte, que incluíram assassinatos, roubos em série, depredação de prédios públicos e incêndios de veículos e residências”, destacou Coelho.

Nas redes sociais, o governador do RJ, Cláudio Castro, falou sobre a prisão de Leitão.

“Ela é considerada uma das maiores traficantes e acumula vários processos na Justiça potiguar, por tráfico de drogas, organização criminosa e pelos ataques do mês passado. Não vamos permitir que bandidos de outros estados venham se esconder no nosso Rio de Janeiro”, afirmou o governador.

Marido de Andreza morreu em 2016

A criminosa responde a processos por tráfico de drogas e por integrar organização criminosa, e é condenada a mais de 10 anos de prisão. Há pouco mais de cinco anos, em janeiro de 2018, ela foi presa no bairro de Ponta Negra, zona Sul de Natal, quando já estava foragida.

De acordo com investigações do Ministério Público do Rio Grande do Norte, à época Andreza Patroa era uma das chefes do tráfico de drogas na comunidade dos Coqueiros, uma área dominada por uma facção criminosa no bairro de Lagoa Nova, zona Leste da capital potiguar. 

Segundo o MP, antes o tráfico na comunidade era comandado por seu marido, Elinaldo César da Silva, conhecido como Sardinha, morto em 10 de setembro de 2016. Depois, Andreza herdou o comando ao lado do irmão, José Alexandre Lima Leitão, conhecido como Espiga.

No momento do assassinato de Elinaldo, Andreza chegou a ser atingida por disparos na perna, foi socorrida para o hospital, mas deixou o local antes de ser atendida. 

Apelido

Apesar do mesmo apelido, Andreza Leitão não é a mesma “Bibi Perigosa” que ganhou notoriedade no país com a novela A Força do Querer. Na trama, Juliana Paes interpretou uma personagem que carregava este nome e era baseada na história real de Fabiana Escobar, a ex-“baronesa do pó”. 

Escobar ficou conhecida por ter sido esposa de Saulo de Sá da Silva, ex-chefe do tráfico de drogas na Rocinha, Rio de Janeiro. Hoje, Fabiana se dedica a trabalhos como roteirista, escritora e palestrante.

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