Redução anunciada pela Petrobrás tornará gás de cozinha mais acessível, diz petroleiro do RN
Natal, RN 25 de abr 2024

Redução anunciada pela Petrobrás tornará gás de cozinha mais acessível, diz petroleiro do RN

16 de maio de 2023
Redução anunciada pela Petrobrás tornará gás de cozinha mais acessível, diz petroleiro do RN

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O presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, anunciou a redução nos preços da gasolina, diesel e gás de cozinha. A mudança chegará nas distribuidoras a partir desta quarta-feira (17). Para o coordenador-geral do Sindicato dos Petroleiros e Petroleiras do Estado (SINDIPETRO-RN), Ivis Corsino, a mudança representa a retomada dos benefícios à população brasileira.

“O Brasil possui a produção, o refino, a distribuição e comercialização dos derivados e praticava preços internacionais. Então essa modificação, através da gestão do Jean Paul Prates, significa a retomada dos rumos que a companhia tinha em momentos de outrora quando não existia o PPI [Preço de Paridade de Exportação]”, explicou.

O diesel A terá redução de R$ 0,44 por litro na venda para as distribuidoras, que passará de R$ 3,46 para R$ 3,02 por litro (-12,8%). Para a gasolina A, a estatal reduzirá em R$ 0,40 por litro o seu preço médio de venda para as distribuidoras, que passará de R$ 3,18 para R$ 2,78 por litro (-12,6%). Já o gás de cozinha passará de R$ 3,22 para R$ 2,53 por quilo (redução de R$ 8,97 por botijão de 13 kg, queda de 21,3%).

De manhã, a estatal já havia anunciado uma nova política para precificação de combustíveis nas refinarias e o fim da paridade de importação. 

“O Brasil possui a produção, o refino, a distribuição e comercialização dos derivados e praticava preços internacionais. Então essa modificação, através da gestão do Jean Paul Prates, significa a retomada dos rumos que a companhia tinha em momentos de outrora quando não existia o PPI [Preço de Paridade de Exportação]”, explicou.

Para o petroleiro, a medida contribui para a diminuição da pobreza no país. Segundo Corsino, o barateamento - especialmente do gás de cozinha - torna o produto mais acessível à população pobre. 

“A gente observou inclusive que em outros momentos as pessoas passaram a usar biomassa, que é a queima de lenha. Isso foi uma realidade, por exemplo, que no Rio Grande do Norte nós observamos concretamente e de maneira muito cristalina”, diz. 

O botijão de gás, de acordo com a estatal, deve ficar abaixo dos R$ 100 pela primeira vez desde outubro de 2021. Segundo Prates, o botijão de 13kg deve ter um preço médio de R$ 99,87. 

“Se você andasse no Rio Grande do Norte você via nas demais nas diversas regiões, principalmente no interior, as pessoas voltando a usar lenha. Então isso realmente é uma retomada que insere as pessoas a terem acesso a coisas básicas como o gás de cozinha e fomenta a economia. As pessoas passam a ter mais acesso a esses bens de consumo, como é o caso dos derivados, e passam a usar mais. Até para a economia isso é bom”, comemora Corsino. 

Para o professor Cassiano Trovão, do Departamento de Economia da UFRN, a mudança na política de preços da Petrobrás garante uma maior estabilidade no mercado interno. 

“Essa maior estabilidade favorece a previsibilidade dos empresários em relação aos custos dos insumos para a produção, uma vez que nesses custos estão imbuídos os custos de transporte”, explica.

“A Petrobrás, com essa política nova, pode garantir a rentabilidade necessária para a empresa levar adiante seus projetos de investimento, garantindo uma distribuição de lucros compatíveis com as práticas internacionais”, diz Cassiano.

Segundo o economista, essa ação leva a algo distinto do que a antiga política permitia. Agora, para o professor, há a possibilidade de se manter preços internos mais baixos, como a redução já anunciada pela empresa.

“De modo geral, isso tende a diminuir as pressões inflacionárias oriundas do comportamento dos preços do petróleo no mercado internacional, favorecendo a sociedade como um todo”, aponta.

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