“Brasil tem pouca educação política”, diz Rayssa Aline após driblar fraude à cota de gênero e assumir como vereadora em Currais Novos

Num processo longo e que só teve o desfecho final nesta terça-feira (9), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) considerou que o antigo DEM (hoje União Brasil) cometeu fraude para preencher a cota de gênero nas eleições de 2020 em Currais Novos, região Seridó do Estado. Com isso, a vaga que era de Professor Marquinhos foi para a feminista Rayssa Aline (PT). Para ela, foi necessário enfrentar o conservadorismo e a deficiência de educação política no país.

“O Brasil tem uma pouca educação política. Tem, ao contrário disso, um interesse muito grande das pessoas e dos maiores que estão na política e querem se manter, de continuar com essa ideia de que política é lugar de quem não presta e que a gente tem que se manter longe se você quiser prestar. Enquanto isso, eles se mantêm no poder fazendo o que querem e coisas que são contra as pessoas, e as pessoas com medo de se envolver. Mas a gente vem quebrando isso aqui”, destacou.

Para ela, o sentimento atual é de que a Justiça foi cumprida.

“A gente agora se sente segura com a Justiça. Vê que de fato a lei de cotas existe e tem pessoas preocupadas, tem instituições fazendo com que ela valha e que a gente sabe que não é isso que vai resolver. Mas é um passo, é algo que é importante para que a gente consiga diminuir a desigualdade de gênero que existe em todos os espaços, inclusive na política”, afirmou.

A entrevista completa com a vereadora Rayssa Aline está no programa Balbúrdia desta quinta-feira (11):