CIDADANIA

Indícios de homicídio em cirurgia plástica: MPRN determina abertura de inquérito sobre morte de oficial de Justiça

Por determinação do Ministério Público do Rio Grande do Norte, a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil vai abrir inquérito e investigar a morte de Natália Dantas de Araújo, oficial de Justiça de 36 anos. O caso ocorreu no dia 6 de fevereiro durante uma cirurgia plástica realizada em Natal.

Natália era potiguar e morava no Acre a trabalho. Morreu em Natal durante cirurgia para correção de diástase e abdominoplastia. O procedimento estético foi realizado pelo médico Paulo Duarte no Hospital Gastroprocto, que não tinha UTI.

A promotora Yvellise Nery da Costa, da 16ª Promotoria de Justiça da capital, enviou um despacho à Polícia Civil na quarta-feira (17), informando a existência de uma notícia de fato com indícios de crime de homicídio culposo ou doloso. O prazo para abertura de investigação policial é de 90 dias.

O hospital chegou a divulgar nota justificando que para “ampliar o bem-estar” da paciente, a equipe médica a transferiu, através de UTI móvel, para outro hospital. Apesar disso, “não foi possível, infelizmente, a sua reanimação, apresentando, portanto, o inesperado resultado óbito”.

De acordo com a certidão de óbito, Natália sofreu tromboembolismo pulmonar, infarto agudo do miocárdio, trombose catastrófica e hipercoagulação.

Em abril, o médico responsável pelo procedimento conseguiu na Justiça a remoção de notícia no Blog da jornalista Juliana Celli que apontava ele e o hospital como investigados. O Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Norte (Sindjorn) repudiou a censura promovida pela decisão da juíza Sabrina Smith Chaves, do 9º Juizado Cível da Comarca de Natal.

Paulo Duarte argumentou que a investigação se restringia à clínica e sua licença para realizar cirurgias de alta complexidade, isentando o profissional responsável pelo procedimento estético.

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