Os sindicatos que dirigem a greve unificada da saúde em Natal foram notificados, no final da tarde desta terça-feira (2), sobre determinação da Justiça para que os servidores suspendam o movimento. O desembargador relator João Rebouças fixou uma multa diária e outras responsabilidades para quem não cumprir a decisão.
Em nota, o Sindicato dos Trabalhadores em saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde/RN) informou que os setores jurídicos dos sindicatos envolvidos (incluindo Sinsenat, Sindern, Soern e Sinfarn) estão estudando uma resposta para recorrer da decisão, mas orientou que os “trabalhadores e trabalhadoras da saúde de Natal devem retomar aos seus locais de trabalho ainda esta noite”.
Nesta quarta-feira (3), haverá uma assembleia unificada extraordinária para discutir os rumos da luta da categoria. Os sindicatos estão convocando uma coletiva de imprensa, às 8h, antes do Assembleia, no auditório do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Natal (Sinsenat), na Cidade Alta.
“Para nós do Sindsaúde/RN, não é a greve que prejudica o atendimento, mas a falta de condições de trabalho, a falta de insumos e medicamentos e falta de estrutura. Em nenhum momento, a nossa greve desrespeitou o quantitativo mínimo permitido por lei.”, publicou a organização sindical.

Em greve desde 24 de abril, os trabalhadores reivindicam o cumprimento da Data Base a partir do reajuste de 56,81% para especialistas e 36,99% para todo restante da categoria; insalubridade, revisão e atualização do PCCV, implantação das gratificações, quinquênios, adicionais e mudanças de nível; além da manutenção das gratificações em questionamento ao entendimento da PGM quanto à suspensão das gratificações dos trabalhadores e trabalhadoras da saúde. Por fim, as categorias da Saúde querem a convocação do cadastro reserva, a criação de uma comissão para acompanhar a implantação do piso da Enfermagem no município e a instauração de uma Mesa de Negociação Permanente.
Parnamirim
Na região Metropolitana de Natal, em Parnamirim, o movimento grevista na saúde começou nesta terça-feira e promete ao menos três dias de paralisações. O movimento começou em frente a Maternidade Divino Amor, onde os servidores se concentraram para ir até a Secretaria Municipal de Saúde de Parnamirim (Sesad) para tentar reunião de negociação.
Na quarta-feira, os servidores vão realizar um ato em frente à UPA Nova Esperança, às 9h.