Com uma taxa de desocupação de 12,1%, o Rio Grande do Norte é o quarto estado do país com o maior número de desempregados no primeiro trimestre deste ano, ficando atrás da Bahia (14,4%), Pernambuco (14,1%) e Amapá (12,2%). A média potiguar também ficou acima da média nacional, que foi de 8,8% nos meses de janeiro, fevereiro e março de 2023, segundo os dados da Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua trimestral, divulgada nesta quinta (18) pelo IBGE.

A alta na taxa de desocupação interrompe uma série de três trimestres seguidos de queda na taxa de desocupação. O aumento foi de 2,2% em relação aos meses de outubro, novembro de dezembro de 2022, quando a taxa estava em 9,9%, e de 3% em relação a janeiro, fevereiro e março do ano passado, quando o índice era de 14,1%. Segundo os analistas do IBGE, é comum que no início do ano ocorra desligamento de empregados temporários que foram contratados no fim do ano anterior.

No primeiro trimestre de 2023, das 2,2 milhões de pessoas que procuravam trabalho durante dois anos ou mais no país, 48 mil estavam no Rio Grande do Norte. No último trimestre de 2022 eram 32 mil pessoas na busca por trabalho por dois anos ou mais, já no 1º trimestre do ano anterior esse número era de 47 mil pessoas no estado.

Em dados gerais, dos 2,9 milhões de potiguares com 14 anos de idade ou mais, 1,3 milhão está ocupado. Isso significa que o nível de ocupação no Rio Grande do Norte, atualmente, é de 44,8%, o que representa uma queda de 3,0 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior, ou seja, em comparação aos meses de outubro, novembro e dezembro de 2022, quando a taxa era de 47,8%. Este indicador é a proporção de pessoas ocupadas em relação à população em idade de trabalhar (14 anos ou mais).

O que são pessoas desocupadas?

O IBGE considera como desocupadas as pessoas que estavam sem trabalho e que tomaram alguma iniciativa para conseguir emprego, como entregar currículo, atender a entrevistas de emprego e inscrever-se em concurso, mas não obtiveram êxito.

Recortes do desemprego

Enquanto a taxa de desemprego entre as mulheres foi de 14,7% no Rio Grande do Norte, a média é de 10,3% entre os homens. Já no recorte por cor ou raça, a taxa é maior entre pardos (13,4%), em seguida aparecem brancos (11,1%) e pretos (8,8%).

O índice de desemprego foi maior para as pessoas com ensino médio incompleto (15%) e nível superior incompleto (14,9%). Já entre as pessoas com ensino médio completo, a taxa foi de 13,6%, maior 5,9 pontos percentuais do que a verificada para o nível superior completo (7,7%).