Envolto em polêmicas por críticas feitas ao PT num passado recente, Ivan Júnior não deve mais assumir a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) no Estado. É o que acredita o presidente do PT no Estado, o ex-deputado estadual Júnior Souto.
“Eu penso que Ivan já não será o nome [indicado para assumir]. Estavam tratando de outro nome”, disse o líder petista, que compõe a comissão estadual responsável por reunir todas as indicações de aliados para os cargos federais no RN.
No ano passado, Ivan foi candidato a vice-governador na chapa oposicionista encabeçada por Fábio Dantas (Solidariedade), que contou com o apoio do ex-ministro e senador eleito Rogério Marinho (PL).
A sua indicação para a Codevasf partiu do União Brasil, sigla que o PT tenta atrair para a base aliada no Congresso, e foi costurada principalmente pelo ex-senador José Agripino. A recomendação, entretanto, causou tensão por declarações públicas do ex-prefeito em que relacionou Lula à corrupção.
“O governo de Lula [foi um] desastre de governo, foi um desastre o governo de Dilma”, já afirmou em uma entrevista de 2022.
Segundo Souto, havia ainda o nome de outro quadro atrás de Ivan na indicação do União: o do ex-prefeito de Pau dos Ferros, Leonardo Rêgo.
“Quando se falou de Ivan, as conversas que soavam é que o segundo nome seria Leonardo Rêgo, o que era também um problema do ponto de vista do perfil político”, apontou.
Rêgo esteve à frente da Prefeitura de Pau dos Ferros em três oportunidades: foi eleito em 2004, 2008 e 2016. Em 2020, tentou a reeleição, mas perdeu para Marianna Almeida (PSD). No ano passado, tentou também uma vaga na Câmara Federal, mas recebeu 16.539 votos e também não foi eleito.
Ainda entre 2013 e 2014, também foi titular da Secretaria Estadual de Recursos Hídricos (Semarh) no governo Rosalba Ciarlini. O político é filho do ex-deputado estadual Getúlio Rêgo.