A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Natal realizou um corte e demitiu mais de 60 bombeiros civis que atuavam nas unidades de saúde da capital.
A demissão em massa ocorreu em 16 de junho, quando a Prefeitura dispensou a empresa terceirizada que disponibilizava o serviço. O Sindicato dos Bombeiros Civis do RN (Sindboc) realizou um protesto em frente ao Executivo municipal contra a medida, no dia 20.
“A empresa [terceirizada] recebeu um comunicado em que a secretaria, por meio de ofício, informava o encerramento das atividades no mesmo dia”, explica João Paulo Rebouças, presidente do Sindboc.
“Ou seja, no dia 16, a partir das 23h59, não interessaria mais para a secretaria ter a presença do serviço de bombeiros civis, e isso não teve uma breve explicação nem um aviso prévio para que os trabalhadores fossem demitidos. Foi dessa forma e com esse tratamento que a secretaria fez com todos os trabalhadores”, critica.
Os bombeiros civis atuam de maneira preventiva para evitar incêndios.
“E se vier a acontecer somos os primeiros profissionais a dar os atendimentos. Infelizmente, por negligência, imprudência e imperícia do secretário ao comunicar a empresa para retirada do serviço, não só a população ficou à mercê, como qualquer outra pessoa que esteja acometida de alguma doença passando por tratamento”, diz Rebouças.
Segundo o bombeiro, mesmo após o protesto em frente à Prefeitura, os profissionais continuam sem explicações sobre o motivo de terem sido cortados. De acordo com João Paulo Rodrigues, parte das unidades de saúde da capital estão com as edificações em estado precário, principalmente a Maternidade Araken Farias.
“E agora que juntou com o hospital pediátrico, então são dois em uma só edificação, numa edificação que não é projetada para uma unidade de saúde”, explica.
Procurada para explicar o motivo da retirada dos bombeiros civis, a Secretaria Municipal de Saúde não respondeu.