Moradores da comunidade Alcanorte, em Macau-RN, estão ameaçados de despejo. De acordo com as famílias, a empresa Suape Garrido Comercio Internacional LTDA., que comprou a massa falida do antigo complexo industrial, só está disposta a negociar as 40 casas do tipo C.
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O problema é que os moradores aguardam ainda posição da Caixa para financiamento, já que o valor pedido por cada unidade, de 127,85 m², é de R$ 33.660,20 e o financiamento é oferecido para imóveis a partir de R$ 50 mil.
De acordo com a Companhia Estadual de Habitação e Desenvolvimento Urbano do RN (Cehab), o governo do estado articulou junto à empresa para que as família conseguissem via Caixa um financiamento para comprar os imóveis, com prazo até 17 de julho. “Cabia a eles, os moradores, a busca por viabilizar a linha de crédito. A Companhia embora não possua qualquer responsabilidade sobre a situação, ainda buscou entendimento para um acordo judicial que visava evitar os despejos.”, comunica o órgão.
Para os moradores, a Cehab informou que buscaria o Ministério das Cidades para buscar entendimento com a Caixa.
Ainda de acordo com a comunidade local, a empresa não quer fazer qualquer negócio para as 30 casas das alas A e B. Já as os moradores das quadras D e E conseguiram posse definitiva dos imóveis, em 2022.
Os imóveis em A estão avaliados em R$ 75.692,66 e B, R$ 53,684,20.
A Cehab destaca que há 74 moradores da Alcanorte não contemplados com a desapropriação feita pelo governo estadual, porque as famílias não se enquadravam em situação de vulnerabilidade social, possuindo renda acima de três salários mínimos. “As casas deste grupo por sua vez também não foram classificadas no padrão de moradia de interesse social. Das 220 residências o governo desapropriou 154.”, explica.