Produções de acampamentos e assentamentos do Rio Grande do Norte serão comercializadas na 8ª Feira Cultural da Reforma Agrária Popular , próximo sábado (15), em Natal. O evento será realizado na Casa Vermelha, Cidade Alta, começa às 8h e se estende até a noite, com música.
A iniciativa é de trabalhadores rurais sem terra (MST/RN), com o objetivo de construir um espaço de socialização, partilha cultural e comercialização entre agricultores e a população em geral.
Serão comercializados frutas, verduras, legumes, hortaliças, doces, mel, castanha, leite, grãos e produtos como bonés, viseiras, chaveiros e camisetas do MST, além da cerveja Campesina, recém-lançada em parceria com a Cervejaria Resistência. A feira pretende também democratizar o debate sobre agroecologia e reforma agrária popular.
Às 10h, haverá o debate “A criminalização dos movimentos sociais do campo: a CPI do MST”. Participam: Jailma Serafim (MST), Bianca Soares (MLB), vereadora de Natal Brisa Bracchi (PT), deputada federal Natália Bonavides (PT), deputada estadual Isolda Dantas (PT), Gustavo Barbosa (advogado do MST) e Mariana de Siqueira (professora da UFRN).
Ao meio dia: Culinária da Terra, um almoço com produtos orgânicos dos territórios do movimento, com opções vegetarianas. Às 14h, será lançado o filme produzido pelo setor de cultura e audiovisual do MST RN intitulado “Jeniffer”. em seguida, bate-papo compartilha detalhes da produção.
Às 16h, o espaço promete ser tomado pelo forró do Trio Trancelim e às 17h30 quem dá o tom é Khrystal e Banda.
“Para o MST a feira representa o fortalecimento de um diálogo permanente com a sociedade, com o objetivo de apresentar a Reforma Agrária Popular como alternativa concreta pra acabar com a fome e reconstruir o Brasil, ao mesmo tempo reafirmamos que essa pauta não é apenas de quem vive no campo e produz alimentos, mas principalmente de quem vive na cidade.”, afirmou a dirigente nacional do MST no RN, Erica Rodrigues.
Márcio Melo, do setor de produção do MST RN, reafirma a importância do evento para as comunidades participantes: “Mostrar pra sociedade, principalmente Grande Natal, os produtos do Movimento Sem Terra. É uma divulgação da nossa produção e dialoga com a sociedade a importância do governo realizar a reforma agrária. Para a classe trabalhadora, também tem a questão da comercialização. A feira traz uma oportunidade de vender e expor sua produção e as comidas típicas que tem nos assentamentos e acampamentos.”
A edição tem apoio de mandatos parlamentares, da Casa Vermelha e da Fundação José Augusto.