Quiosqueiras, garçons, pescadores, ambulantes, catadores e moradores Redinha participam na próxima segunda-feira (24), a partir das 15h, de uma Audiência Pública Popular para debater os impactos da construção do mercado público na principal praia da Zona Norte de Natal.
A audiência ocorre em frente à igreja de pedra da Redinha Velha, na orla da praia, por sugestão do mandato do vereador Daniel Valença (PT). Participam da mesa Rayane Andrade (assessora da deputada federal Natália Bonavides), Pedro Levi (Centro de Referência em Direito Humanos Marcos Dionísio – CRDH), Higor Cavalcanti (arquiteto) e representantes das diversas categorias impactados com a obra.
“O prefeito de Natal tem desconstruído a praia, diante de tudo isso a audiência pública é muito importante para todos os moradores da zona norte. A praia sempre foi do povo e está sendo transformada para os turistas. O que ele está fazendo aqui é um crime, ele está tirando todos os nossos meios de trabalho”, afirma Michele, trabalhadora da pesca no bairro da Redinha.
Diversas entidades públicas foram convidadas como Secretaria de Habitação, Regularização e Projetos estruturantes (SEHARPE), Secretaria Municipal de Infraestrutura (SEINFRA), Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SEMSUR), Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social (SEMTHAS), Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (SEMURB), Instituto de Desenvolvimento e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (IDEMA), Secretaria do Patrimônio da União para o Rio Grande do Norte (SPU-RN), Defensoria Pública do Rio Grande Norte e Ministério Público.
“Desde o início da construção, diversos impactos foram sentidos pelos moradores da comunidade. Os entulhos da obra foram jogados na área no estacionamento dos barcos prejudicaram a atividade dos pescadores; as quiosqueiras foram retiradas sem nenhuma previsão de reassentamento. Não houveram estudos que considerassem os usos da orla para o seu planejamento, por isso, tantos impactos. Diante de todos essas violações, é essencial ouvir a população e construir saídas que não interfiram nos seus direitos à sobrevivência, ação que o prefeito de Natal não realiza”, avalia Daniel Valença.