CIDADANIA

Trabalhadores da saúde marcam nova assembleia após suspensão de greve pela Justiça

Durou pouco a greve da enfermagem no Rio Grande do Norte. Após o desembargador Glauber Rêgo, do Tribunal de Justiça do Estado (TJRN) atender a um pedido feito pelo Governo do Estado contra a greve geral da categoria, os servidores da saúde suspenderam a paralisação. Uma nova assembleia foi marcada para esta quinta-feira (6).

A greve da enfermagem estava marcada para iniciar nesta segunda (3). Às 9h, os trabalhadores ainda realizaram uma mobilização em frente ao Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel e fizeram uma caminhada até a Governadoria. 

O Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do RN (Sindsaúde-RN), entretanto, disse que recebeu a decisão de proibição da greve, de forma oficial, às 9h15, quando a categoria já estava reunida. 

Segundo a entidade, uma assembleia foi feita no Centro Administrativo e foram expostos os prós e contras de se manter a paralisação, por meio da assessoria jurídica do sindicato. 

“A categoria optou, dentre duas opções apresentadas, pela proposta de suspensão temporária da greve até, pelo menos, a próxima Assembleia geral da saúde na quinta-feira (6) que terá indicativo de greve, não só para enfermagem, mas também para todo restante da categoria”, informou o Sindsaúde.

Neste novo encontro, a pauta envolve não só o piso da enfermagem, mas também a reposição salarial e outras pendências que, de acordo com o sindicato, o governo se comprometeu a atender na Mesa SUS de junho e ainda não o fez.

Durante o andamento da Assembleia, membros do gabinete civil e da Procuradoria Geral do Estado (PGE) receberam uma comissão formada por alguns dos representantes das entidades sindicais, assessores jurídicos e membros da base. 

Na reunião, segundo o Sindsaúde, foi informado que a governadora “não tinha conhecimento” da medida judicial que pede a suspensão da greve.

Trabalhadores caminharam até a Governadoria nesta segunda (3) | Foto: Sindsaúde

“Argumento esse que não faz o menor sentido, visto que uma decisão de tamanha importância deveria passar pela gestora”, avaliou a entidade.

Na ocasião, os órgãos do governo pediram aos sindicatos um prazo de 60 dias sem manifestações, para que fossem apresentados novos encaminhamentos quanto ao andamento da implantação do piso da enfermagem. O período não foi acatado pela categoria e nem pelas entidades sindicais, mas aprovaram um prazo de 30 dias.

Entenda

O desembargador Glauber Rêgo atendeu neste domingo (2) a uma tutela de urgência feita pelo Governo do Estado contra a greve geral da enfermagem que estava marcada para iniciar nesta segunda-feira (3), instituindo multa aos sindicatos envolvidos caso a paralisação se mantivesse.

A greve havia sido marcada no último dia 27 de junho, votada em assembleia com a participação de cerca de mil trabalhadores. Rêgo determinou, também, a continuidade integral da força de trabalho, sob pena de multa diária no valor de R$ 10.000,00, a ser custeada pelo sindicato da categoria, e limitada, a princípio, em R$ 200.000,00.

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