CIDADANIA

Pelo terceiro dia consecutivo, comunidade da Redinha protesta contra Prefeitura pelo direito de trabalhar na praia

A manhã deste sábado (9) foi marcada pelo terceiro dia seguido de manifestações de moradores da comunidade da Redinha, na zona Norte de Natal, que têm sido impedidos de trabalhar na orla da praia por ordem da Prefeitura.

No feriado de 7 de setembro, na quinta-feira, a Prefeitura enviou agentes da Guarda Municipal e funcionários da Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) para retirarem os trabalhadores. São pessoas que exercem funções como garçons, cozinheiras, quiosqueiras, barraqueiros e mais. Uma faixa foi estendida com a frase “A Redinha pede socorro”.

Já na sexta (8), mais uma vez, houve manifestação pelo direito de trabalhar, e a Ponte Newton Navarro foi interditada entre o final da tarde e início da tarde. O protesto voltou a se repetir neste sábado. 

A Praia da Redinha passa por obras de revitalização, e os comerciantes estão proibidos de montar qualquer barraca ou mesas e cadeiras. Alguns receberam indenizações que variam entre R$ 25 mil e R$ 50 mil, mas o acordo não contemplou a todos, e os trabalhadores reclamam que precisam da renda. Segundo eles, por exemplo, o 7 de setembro é a segunda data de maior rentabilidade na praia, perdendo apenas para o Ano Novo.

“O problema dos quiosques, numa ação do Ministério Público lá atrás, era em relação à questão ambiental e sanitária, não é que é proibido ter quiosque na praia”, afirma o vereador Daniel Valença (PT), que acompanha a situação dos trabalhadores.

“Imagina todo esse tempo os garçons, cozinheiros, trabalhadores em geral que viviam dessa economia da orla, passam a não ter mais como sobreviver. E essas pessoas começam a armar os seus guarda-sol, as suas mesas, a vender como dá e como pode”, diz.

Na manhã deste sábado, agentes do 4º Batalhão da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros acompanhavam o protesto. Inicialmente, todas as faixas do acesso à Ponte Newton Navarro foram interditadas e, posteriormente, os trabalhadores liberaram uma faixa de cada via para que os carros passassem.

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