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Câmara de Natal e Polícia Civil devem investigar ameaça contra vereadora do PT
13 de outubro de 2023
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A Câmara de Natal divulgou nesta sexta-feira (13) uma nota de repúdio à ameaça cometida contra a vereadora do PT Brisa Bracchi. A Casa afirmou que deve investigar o caso.
No texto, a Câmara reprovou as manifestações de homofobia. Bracchi foi vítima de ameaças por e-mail de um criminoso que defendeu a aplicação de um estupro corretivo na vereadora para “curá-la” da “homossexualidade feminina”.
“As ameaças enfrentadas pela nobre parlamentar configuram atos criminosos que não podem ficar impunes”, diz a nota, assinada pelo presidente Eriko Jácome (MDB).
“Informamos a todos que esta Casa Legislativa adotará todas as providências cabíveis para identificar e responsabilizar os autores dessas ações condenáveis”, continua.
Esta deve mais uma apuração envolvendo as ameaças contra a petista. Na sua passagem por Natal, na quarta (11), o ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino se comprometeu a incluir as agressões contra a vereadora no inquérito da Polícia Federal que já investiga outros casos de violência a parlamentares LGBTQIA+ no Brasil.
Já a Polícia Civil informou que a parlamentar irá comparecer à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam).
Entenda o caso
A agressão foi enviada para o e-mail do mandato da parlamentar e assinada por um suposto Doutor Astolfo Bozzônio Rodriguez. O criminoso se apresenta como doutor em psicologia social pela universidade de Harvard.
A mensagem diz que o estupro corretivo terapêutico é uma medida comprovada que cura “o homossexualismo feminino porque ser sapatão é uma aberração”, diz um trecho do e-mail.
O autor da ameaça também afirma que sabe o endereço da casa da vereadora e se dispõe a ir até o local para aplicar o corretivo.
Pelas redes sociais, Brisa Bracchi afirmou que se assustou com a violência, mas que não se deixaria intimidar pelas agressões.
Outras mulheres, feministas e LGBTs receberam ameaças semelhantes, mas isso não invalida a dor individual de cada uma. Confesso que fiquei assustada e, por isso, tomarei todas as medidas possíveis, tanto procurando os órgãos de segurança local, como os nacionais, para que os responsáveis por esse tipo de ação sejam devidamente punidos”, disse.