Petrobras vai investir R$ 15 bilhões para exploração de Margem Equatorial, incluindo área que passa pelo RN
Natal, RN 1 de dez 2023

Petrobras vai investir R$ 15 bilhões para exploração de Margem Equatorial, incluindo área que passa pelo RN

2 de outubro de 2023
4min
Petrobras vai investir R$ 15 bilhões para exploração de Margem Equatorial, incluindo área que passa pelo RN

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A exploração de petróleo na margem equatorial do Brasil que vai começar pelo Rio Grande do Norte deve ter um investimento de 3 bilhões de dólares, equivalente a 15 bilhões de reais nos próximos cinco anos, segundo o governo do estado.  A licença ambiental foi emitida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para que a estatal possa operar no Campo de Pitu, nas águas profundas da Bacia Potiguar. A permissão surge após a estatal cumprir os requisitos da Avaliação Pré-Operacional (APO), exigida pelo Ibama. "Isso significa um novo ciclo de desenvolvimento econômico para o Rio Grande do Norte liderado pela Petrobras. É um incremento para nossa economia, tendo em vista a capilaridade que tem a cadeia produtiva de petróleo e gás, gerando emprego e renda para o povo, além do incremento das receitas tributárias para o Estado e de royalties para os municípios", comemorou a governadora Fátima Bezerra (PT). Além da licença ambiental, o Ibama também autorizou a limpeza de casco da sonda que será deslocada para o Rio Grande do Norte nos próximos dias. O campo fica a cerca de 60 quilômetros da costa potiguar. Bacia Potiguar é onde há mais estudos e experiência operacional, diz presidente da Petrobras O investimento de R$ 15 bilhões considera não somente a Bacia Potiguar, mas também outros blocos que a Petrobrás deve explorar entre 2023 e 2027, como as bacias do Foz do Amazonas, Pará-Maranhão e Barreirinhas. Na Bacia Potiguar, que passa pela costa do Ceará e do RN, são sete poços produzindo petróleo e gás, 437 poços marítimos já perfurados pela Petrobras historicamente, além de mais de 8680 poços em terra.  “Ao que parece, Ibama e Ministério do Meio Ambiente optaram por começar a licenciar a possibilidade de perfuração marítima em águas profundas da Margem Equatorial pela região em que há mais estudos, atividades e experiência operacional: a Bacia Potiguar”, disse Jean Paul Prates, presidente da estatal, no X (antigo Twitter). Antes do Ibama autorizar a exploração de vez, afirmou Prates, o órgão ambiental também permitiu que fosse feita uma Avaliação Pré-Operacional (APO) - uma espécie de “simulação” de ocorrência de um vazamento para atestar em detalhe cada procedimento de combate/remediação - para a perfuração do poço de Pitu Oeste da Bacia Potiguar.  A Petrobras realizou os testes com “pleno êxito” na semana retrasada, escreveu o presidente da estatal. “Foram mais de 1.000 pessoas envolvidas (pessoal próprio, terceirizado, e frentes de atuação local), incluindo mais de 30 forças-tarefa atuando no mar e nas praias, 150 empregados no Posto de Comando central no EDISEN, 50 empregados no Posto de Comando local em Fortim-CE, 400 agentes ambientais e profissionais de fauna, além de pessoal da Transpetro, da UN-RNCE e de 13 CDAs espalhados pelo Brasil”, apontou. Nos recursos físicos, foram utilizadas cerca de 60 embarcações, 70 veículos terrestres, cinco ambulâncias e quatro aeronaves (sendo duas para resgate aeromédico) A perfuração em águas profundas da Margem Equatorial deve durar de quatro a cinco meses. Caso o Ibama autorize a realização da simulação também na Bacia da Foz, a Petrobras deverá conduzi-la imediatamente para conseguir a licença ambiental também no Amapá, informou Prates. “A busca de novas reservas e os investimentos exploratórios na Margem Equatorial Brasileira não são contraditórios em relação à Transição Energética em curso tanto na Petrobras quanto no mundo”, disse. O potencial de investimentos na região deve ser de mais de R$ 100 bilhões, com geração de quase 500 mil empregos diretos e indiretos e cerca de R$ 160 bilhões em receitas governamentais (União, Estados e Municípios) nos próximos cinco anos, de acordo com o dirigente. “Isso é injetar recursos na economia local que, se bem administrados, garantirão a organização da economia circular da floresta em pé, o desenvolvimento da infraestrutura em harmonia com a natureza e o bem estar dos povos da Amazônia”, frisou.
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