A jornalista Laíssa Costa relata experiência, no Fórum Social Mundial, de assistir a um debate com 30% das transexuais com doutorado do país




A jornalista Laíssa Costa relata experiência, no Fórum Social Mundial, de assistir a um debate com 30% das transexuais com doutorado do país
A jornalista Laíssa Costa escreve um manifesto sobre o tribunal da maternidade, uma instituição retrógrada que tenta naturalizar, nas mulheres, a condição de mãe e oprime as que teimam e lutam para ter vida própria
A jornalista Laíssa Costa escreve sobre o simbolismo do 1º de maio em meio ao aumento de desemprego, perda de direitos e da prisão injusta do ex-presidente Lula, em Curitiba.
Em 17 de abril de 2016, uma etapa do golpe se consumou. Em 17 de abril de 1996, o massacre de Eldorado dos Carajás vitimou 19 pessoas, em uma operação da Polícia Militar, no Pará. Em 07 de abril de 2018, Lula foi preso ao arrepio das leis.
Seguiremos em luta contra o arbítrio, contra a prisão injustificada de Lula, contra a perpetuação de um golpe que é de classe, de raça e de gênero. Somos mulheres e nossa disposição é de rebeldia.
Próximo ao pleito eleitoral e sem ter encontrado um candidato competitivo, o governo do golpe decidiu dar um cavalo de pau na agenda nacional. Retomou a ofensiva com uma intervenção militar que não se sustenta tecnicamente
O momento não é para derrotismo ou desesperança. Tampouco permite o refúgio no WhatsApp ou no Facebook. O momento é de luta e de enfrentamento. De união de todos os setores que acreditam na democracia como único instrumento capaz de deter a barbárie.
Na medida em que as mulheres se libertavam da mística feminina da domesticidade, castidade, maternidade e passividade, época em que a moral exercia o papel de coerção social, o mito da beleza se fortaleceu como ideologia capaz de controlar as mulheres.
O fato é que são recorrentes as tentativas de relativização dos temas de direitos humanos. Vivemos em uma sociedade em que até te permitem ser gay, desde que não seja “afeminado” ou queira demonstrar seu amor em público; que te deixa ser mulher contanto que não seja lésbica, trans ou “piranha”; que é capaz de consentir a convivência com negros/as, desde que não estejam nos bancos de universidade ou usando jalecos e estetoscópios. Essa hipocrisia coletiva quer livre direito para se expressar sem embaraços.
Resgatar a democracia é uma urgência civilizatória. Não há democracia sem direitos humanos, da mesma forma que os direitos humanos sucumbem sem democracia.
A violência sexista está em todos os lugares. Na rua, no transporte público, nos locais de trabalho, nas redes sociais, mas é dentro de casa, entre quatro paredes, que ela predomina
A política da “mão dura”, “lei e ordem” têm servido apenas para organizar o crime, exterminar a juventude negra e eleger e reeleger bancadas ultraconservadoras