Julgamento
Natal, RN 29 de mar 2024

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24 de janeiro de 2018
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a julgar pelas asas do pássaro, sabe-se o tamanho do vôo que o espera. a julgar pelos ossos da cabeça, sabe-se o tamanho da pedra que cai. a julgar pelo o horizonte visto, sabe-se o cansaço das pernas. a julgar pela terra que firma os pés, sabe-se o que nasce dela. em solo deteriorado não há fruto que dê. semente nasce morta, parece. mas nem sempre. semente forte sempre vinga. tarde ou cedo. sem ceder aos desmandos da ceifa. a julgar pelo bico do pássaro, vê-se a direção do vento. o cheiro do céu. peneirar um vôo é saber pairar lento, na calma da leoa à beira do bote. mansa como quem se sabe livre. mesmo nessa savana fictícia. jogo de vermes e leões se alimentando da carcaça do medo. desespero acuado. a julgar pela queda, sabe-se o caminho do chão até a retoma. quedas homéricas podem resultar em vôos estratosféricos. a julgar pela resiliência de quem espera calmo, em luta o momento do cheque.

a julgar que injustiça sempre volta, como cavalo, bumerangue. um coice solto no ar, pela mesma mão que empurra o veneno no vento em busca de um conforto. julgue pelas notícias ou pelos brilhos nos olhos, o tempo volta. e o que fica é sempre o brilho nos olhos. temos provas. não há escape pra violência livre, sem sentido, isso assegura nossa condição. evolução. que desfrute por horas ou dias os louros da sua esperteza, que o coice é certo e estraga faces inventadas. a julgar pelo tamanho da luta vê-se os braços que se erguem. tenha sapiência. tudo é vai e volta. na volta dos ponteiros.

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