Natal terá estudo clínico de 3ª dose da vacina AstraZeneca
Natal, RN 29 de mar 2024

Natal terá estudo clínico de 3ª dose da vacina AstraZeneca

19 de julho de 2021
Natal terá estudo clínico de 3ª dose da vacina AstraZeneca

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O estudo clínico para avaliar eficácia e a capacidade de gerar resposta imune da vacina contra covid-19 AstraZeneca/Oxford, realizado em Natal, incluirá a terceira dose. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, nesta segunda-feira (19), a realização do teste com a dose de reforço.

Segundo a Anvisa, o estudo inicial será feito em participantes que já receberam as duas doses do imunizante, com um intervalo de quatro semanas entre as aplicações. A dose de reforço será aplicada de 11 a 13 meses após a segunda dose.

A Agência também explica que trata-se de um estudo de fase três, controlado, randomizado e simples-cego, em que o voluntário não saberá o que tomou: se uma dose da vacina ou de placebo.

No estado, 1.500 voluntários participam do estudo com o imunizante pelo Centro de Pesquisas Clínicas – CePClin, desde outubro de 2020. Outros quatro estados também têm testes iniciados: Bahia (1.500), Rio de Janeiro (1.500), Rio Grande do Sul (3.000), e São Paulo (2.500).

Segundo a professora titular do departamento de Microbiologia e Parasitologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Janeusa Trindade, as farmacêuticas estão adiantando os testes de terceiras doses.

“As farmacêuticas fazem esses testes em países diferentes, pois precisam testar em diferentes grupos. Já tem dados preliminares positivos da Astrazenaca, mas com número muito pequeno coma terceira dose, num artigo que está em preprint. Não é artigo publicado. Sempre aguardamos os artigos serem devidamente publicados”, explicou a pesquisadora.

Nova versão da AstraZeneca

Na semana passada, a Anvisa autorizou o teste clínico de nova versão da vacina da AstraZeneca. A vacina AZD2816, uma versão modificada do imunizante, vai usar a mesma tecnologia da anterior (vetor viral). A fórmula foi modificada para também fornecer imunidade contra a variante beta – contra a qual a primeira versão deu apenas proteção limitada.

A pesquisa será feita na Bahia, no Distrito Federal, no Paraná, no Rio Grande do Norte, no Rio Grande do Sul e em São Paulo. Serão 800 voluntários. Poderão participar pessoas já vacinadas e também as que ainda não receberam uma vacina contra a covid.

Variação do intervalo entre as doses

Alguns lugares do mundo, inclusive estados brasileiros, reduziram o intervalo entre as duas doses da vacina AstraZeneca, mas o Rio Grande do Norte decidiu manter o período de 90 dias, garantindo maior taxa de imunização e seguindo orientações federais.

Acre, Roraima, Goiás, Piauí, Pernambuco, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Rio Grande do Sul encurtaram esse tempo, variando entre quatro e dez semanas. A Fiocruz, que produz a AstraZeneca no país, diz que o intervalo entre as doses pode variar.

O Ministério da Saúde informou que o tema foi discutido amplamente na Câmara Técnica Assessora em Imunizações e que o parecer foi pela manutenção do intervalo maior, de 90 dias. Os governos estaduais não precisam seguir o parecer.

Estudos mostraram que a vacina, criada pela Universidade de Oxford e licenciada pela AstraZeneca, tem uma eficácia maior quando o intervalo de aplicação entre as doses é ampliado para 12 semanas, em vez de quatro semanas.

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