Corri os olhos nas postagens pós partida feia, mais uma, contra o Atlético Mineiro. Ele deu resposta a um suposto “vizinho”, pois eu sou esse vizinho ou penso igual a ele. O portuga nunca vai me convencer como treinador. Para mim um fiasco, um retranqueiro nos piores moldes dos brasileiros tipo Joel Santana, Jair Pereira, Felipão e outros menos votados.
Aí o cara me esfrega na cara os números dele na libertadores. Vi no blog do Neto. Em 18 jogos, conquistou 13 vitórias, três empates e apenas duas derrotas. Mas e os adversários, será que não mereciam pelo menos um lembrete de suas “forças”? Vejamos: em 2020 vejam os “poderosos” que se bateram com o Verdão.
Fase de grupos
1ª rodada: Tigre (ARG) 0 x 2 Palmeiras
2ª rodada: Palmeiras 3 x 1 Guarani (PAR)
3ª rodada: Bolívar (BOL) 1x 2 Palmeiras
4ª rodada: Guarani (PARA) 0 x 0 Palmeiras
5ª rodada: Palmeiras 5 x 0 Bolívar (BOL)
6ª rodada: Palmeiras 5 x 0 Tigre (ARG)
Oitavas outro poderoso
Ida
Delfín (ECU) 1 x 3 Palmeiras
Volta
Palmeiras 5 x 0 Delfín (ECU)
Quartas, mais um “grande”
Ida
Libertad (PAR) 1 x 1 Palmeiras
Palmeiras 3 x 0 Libertad
Aí veio o grande teste: Ríver Plate. Primeiro jogo, na Argentina, surpreendente 3 a 0 feito em contra-ataques com a ajuda do “Sobrenatural de Almeida” e o goleiro Weverton, milagreiro, que não tomou nenhum gol. Essa vantagem daria chance de armar uma arapuca em casa e se classificar para a final no Maraca sem sustos. Assisti o jogo todo me encolhendo de vergonha. Na época, esses times ruins – Palmeiras e Santos – me fizeram temer uma final argentina no Maraca. A partida foi 2 a 0 para o Ríver, que merecia ter feito cinco, acho que marcou quatro, mas o VAR salvou Abel Ferreira.
O melhor vem depois. Um duelo dos mais vergonhosos da história do futebol do continente entre equipes onde já desfilaram entre outros, Pelé e Ademir da Guia, só para citar dois. Uma final contra o Santos sem jogadas de ataque, sem finalizações, feio, amarrado, truncado, dois treinadores sem vergonha esperando ganhar na sorte, nos pênaltis, quem sabe. E o Palmeiras com o agravante de ter um elenco multimilionário. Depois de muito sono, mediocridade, uma bola sem pretensão levantada na área depois de confusão de Cuca prendendo a bola, gol de Breno Lopes; campeão Palmeiras! Uma festa sem vergonha nenhuma, assim é o futebol.
E aí veio a disputa do Mundial de Clubes, competição mais importante. A máscara do super time caiu. Resultados vergonhosos que ninguém mais cita, será que já esqueceram? Derrota para o comum Tigres, do México, fora da disputa do título com o Bayern. Mas a vergonha não acabou aí. Na disputa de terceiro lugar, o Palmeiras perde para o Al-Ahly nas disputas de tiros livres diretos e deixa o Mundial sem gols.
Esqueceram? Tem mais: perdeu duas decisões na cobrança de penalidades. A primeira para o Flamengo, Supercopa do Brasil, para variar só se defendeu, empatou de 2 a 2 no tempo normal e foi derrotado por 6 a 5. Depois veio mais um revés. Jogando nos contra-ataques bateu o Defensa y Justicia na Argentina, 2 a 1, tomando sufoco. Em casa, mesmo esquema covarde utilizado, tomou virada no Mané Garrincha e deixou o caneco da Recopa – campeão da Libertadores x campeão da Sul Americana – escapar também nas cobranças.
Dá para fazer loas a um treinador que comanda um time cheio de estrelas e só joga apostando no empate, promovendo um horroroso antijogo? Quer mais? Esse ano, sob o comando do grande Abel, o Verdão foi eliminado na primeira fase da Copa do Brasil pelo CRB de Alagoas, com duas derrotas ( fora e em casa). Antes, perdeu a disputa do Paulistão para o limitado São Paulo de Crespo (outra decepção).
Será que o mundo todo ficou cego por conta de uma passagem à final com dois empates abdicando totalmente de jogar futebol mesmo tendo um dos três ou quatro plantéis mais caros de toda a América Latina?
Registro: o time do Palmeiras é ótimo. Pode jogar muito, até se tornar o melhor do Brasil sim, mas seu treinador é péssimo.
PS: e olhem que nem coloquei na conta os tropeços nesse Brasileiro de tantos times sem expressão que, assim como Abel Ferreira, praticam o antijogo. Alguns com a desculpa, até justa, de que não tem plantel.