O poema rimado sobre um menino que tocou o sino na hora errada da missa, criado e narrado pelo potiguar Paulo Meireles, ficou em segundo lugar no concurso nacional de Prosa de Porteira, criado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), que tem a proposta de incentivar a cultura popular brasileira.
O “causo” narrado por Paulo aconteceu de verdade com ele, que é professor de Língua Portuguesa e Produção Textual, nasceu em Natal, mas se considera de Nova Cruz.
“Só fiz nascer em Natal porque não tinha maternidade em Nova Cruz, sou matuto com muito orgulho”, conta o bem humorado professor, que veio morar na capital em 1996, aos 11 anos.
Fã de Mário Quintana, Paulo Meireles vem de uma família de professores e comerciantes. Além de “O Coroinha”, ele já tem na gaveta três livros prontos para publicação.
“Sempre fui muito bom em redação, ganhei concursos na escola e me destacava nas atividades ligadas às artes. O poema é algo, relativamente, novo para mim. Não me considerava um poeta, fazia versos e recitava em rodas de amigos. Há dois anos meu irmão deu a sugestão de publicar os poemas em vídeos no instagram, o que trouxe uma certa visibilidade, fui convidado para a Sociedade dos Poetas Amigos e Afins, publiquei textos em antologias, participei desse concurso. Tenho alguns livretos e três livros prontos. Não tive condições financeiras ainda de publicar, mas estou esperando a oportunidade em algum concurso, mas já estão prontos!”, detalha Paulo.
Além da poesia, Paulo Meireles também se aventura no estilo literário do conto. E, apesar da influência da vida no interior e das histórias contadas pelo avô atuarem como uma forte influência, o professor de português revela que seus poemas também tratam de temas variados, como o existencialismo.