Caern atesta que “lagoa azul” em Parnamirim tem água de boa qualidade, mas acesso é proibido
Natal, RN 5 de mai 2024

Caern atesta que “lagoa azul” em Parnamirim tem água de boa qualidade, mas acesso é proibido

1 de fevereiro de 2023
3min
Caern atesta que “lagoa azul” em Parnamirim tem água de boa qualidade, mas acesso é proibido

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A água que aflorou no bairro Nova Esperança, em Parnamirim, durante escavações de uma obra de Estação Elevatória de Esgotos, no dia 25 de janeiro, é de boa qualidade, sem qualquer traço de contaminação. A conclusão é do estudo feito no Laboratório Central da Caern, que apontou que a qualidade da água é semelhante à água proveniente dos poços tubulares localizados naquela área, responsáveis por parte do abastecimento da população da cidade.

O Igarn (Instituto de Gestão das Águas do Estado do Rio Grande do Norte) também analisou a água e chegou ao mesmo resultado.

O local atraiu curiosos. Alguns chegaram a tomar banho lá. Mas apesar de se tratar de água potável, as pessoas não devem fazer uso da água. A Caern, que atua como apoio técnico na obra, reforça a recomendação de que a população respeite o perímetro da obra por questões de segurança.

O afloramento foi a uma profundidade de dez metros, decorrente do manancial de um aquífero suspenso no local.

A cor azul, do local que ficou popularmente conhecido como "buraco azul", é um fenômeno físico conhecido, sendo apenas o reflexo da luz branca do sol, já a água é transparente. A profundidade e a cor clara do fundo da lagoa também favorecem o aspecto azulado da água. Antes dos estudos, havia dúvida se a tonalidade da água era resultado de contaminação ou mesmo da proliferação de algas.

A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) reuniu, na tarde desta quarta-feira (1⁰), diretores e técnicos da Caern, Idema e Igarn para definir estratégias a serem alinhadas com a Prefeitura Municipal de Parnamirim.

O superintendente de Operação e Manutenção da Caern, Ricardo Barros, explica que não é raro o registro de ocorrências como essa durante a realização de obras, nas quais águas subterrâneas afloram. Nesses casos, quando se trata de um aquífero, é necessário fazer o seu rebaixamento, a fim de que o trabalho de engenharia continue.

"É mais importante para a preservação do aquífero a construção da obra de esgotamento sanitário do que qualquer outra coisa. Sem esta obra acontecem contribuições de fossas ou lançamentos de esgoto no solo sem o devido tratamento”, esclarece o diretor técnico do Idema, Werner Farkatt.

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